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O pódio da comunicação na Olimpíada (Zé Pedro Paz)
A Cazé TV é ouro em entretenimento na Olimpíada mais digital da história. Mas a Globo e o Sportv são competidores experientes e ocupam o lugar mais alto no pódio na modalidade jornalismo esportivo.
Os mutirões para angariar seguidores para os atletas brasileiros, puxados pela turma do Casimiro e sua autonomia editorial e comercial, mostraram a força das comunidades digitais. Uma ação que não custa nada para ninguém, que converte a moeda social da internet (audiência) em uma fonte de renda para atletas que só têm essa visibilidade uma vez a cada quatro anos. Não se trata da Rebeca e do Medina. A Júlia Soares, da ginástica, saiu de 52 mil seguidores para 2,3 milhões durante a Olimpíada. O Caio Bonfim, da marcha atlética, foi de 15 mil para mais de 450 mil. A Bia Souza, do judô, saltou de 11 mil para 3 milhões de seguidores. Provavelmente teremos um efeito rebote nesses números, mas certamente foi transformador para esses atletas em termos de visibilidade e potencial comercial.
Já a cobertura da Globo e do Sportv foi mais estruturada, com profissionais que acompanharam as modalidades durante todo o ciclo Olímpico, comentaristas mais experientes em todas as modalidades e bons programas de resumo do dia e entrevistas.
As duas coberturas foram emocionantes quando exaltaram o lado humano da Olimpíada - esse é o charme dos Jogos em relação à Copa do Mundo ou outros grandes eventos esportivos.
Quando vemos o Casimiro naquela janelinha no alto da tela vibrando com um flic flac carpado que ele nem sabe se foi bom, nos identificamos. Quando assistimos a entrevista da Bia Souza para o Marcelo Courrege, ao ganhar o ouro do judô, também nos emocionamos. Quando testemunhamos o Pedro Scooby quebrando todos os protocolos para conversar com os surfistas, nos divertimos.
O que fica para as marcas? Elas precisam entender essa nova dinâmica do consumo de conteúdo em um mundo digital. Tem espaço para abordagens diferentes e complementares.
A Globo tem muito o que aprender com a CazéTV e a CazéTV, com a Globo.
E as marcas não podem ficar só assistindo, pela TV ou pela internet: também precisam evoluir na forma como se conectam com seus públicos nesse novo contexto.
Zé Pedro Paz, founder & CCO DZ Estúdio
Leia o texto anterior da seção "O Espaço é Seu", aqui.