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Dias mal dormidos em Austin (Paulo Calia)
Você abre o aplicativo do festival logo cedo e ele já te apresenta: de manhã, no Austin Convention Center, entre as 10h e 13h, há 63 eventos programados, entre palestras, filmes e exibições. Chegando no prédio, a impressão è que está ali já boa parte dos 32 mil inscritos previsto no festival. Você escolhe uma première exclusiva da mostra de filmes, ou uma palestra mega-geek sobre a mente humana em 2040 e uma sobre o mercado de produção no meio interativo.
As marcas estão todas lá: Chevrolet, Miller, Samsung, Google, Spotify, Microsoft, FOX, Pepsi, AT&T, Nokia. Não com stands nem palestras sobre cases, mas com espaços mistos de convivencia, showcases, barbecues e open bars, ao longo do dia e da noite, ao redor da cidade - que está com seus muros e postes plastificados para receberem cartazes, adesivos, flyers de eventos do festival e paralelos.
Tem ainda o Trade Center, no próprio centro de convenções, com stands de startups, desenvolvedores, empresas de mídia, tecnologia, centros de cultura de países, film commissions, coisas que levariam por baixo dois dias inteiros para serem vistas como se deve.
Nao dá para ser muito linear ao explicar o SxSW, porque o festival não é assim. Começou da música indie americana para ganhar corpo com a chegada do cinema e da interatividade, quase sempre ligados ao entretenimento e ao audiovisual. Um misto de Coachella com Sundance, com MIDEM, com Campus Party, onde todos os espaços da adorável Austin, possiveis de exibição de um filme, um show ou de segurarem uma festa, são usados.
O festival de música em si ainda nem começou: começa na terça, 11, com 2.200 bandas e artistas, divididos em 100 palcos. E novamente palestras, documentários, showcases, uma feira de instrumentos, equipamentos e desenvolvedores.
O crachá dá direito à entrada em praticamente todos os shows, festas e eventos de networking.
Acabaram de anunciar a Lady Gaga no lineup.
Em uma palavra: um tsunami.
Para nós, publicitarios, uma comparacão direta com os nossos festivais de publicidade é inevitável. E nosso velho e glamuroso Cannes Lions tentando a passos lentos se livrar do universo 30 segundos mas ainda amarrado aos seus valores é o primeiro que vem à cabeça. Do tsunami do South by Southwest fica uma ideia clara: a relação das marcas com consumidores - e vice-versa - pode ser muito proveitosa e divertida para ambos. E o melhor, estamos achando esse caminho.
Você abre novamente o aplicativo do festival - um exemplo de navegação e totalmente integrado ao seu telefone, como todo app deveria ser - para ver sua próxima agenda. Game Expo, talvez? Fica em dúvida e resolve jogar o tarô virtual integrado ao app: as cartas dizem para assistir ao doc do Pulp na sala Vimeo. Vamos lá.
Paulo Calia - sócio da Y/B