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Passe por 3 perguntas e ganhe o mundo (Guilherme Jahara no D&AD)
Minha primeira vez no D&AD. Tanto como jurado como participante.
E já me sinto um idiota de não ter vindo antes ao menos para ver como é.
Pra começar, o lugar é incrível: o Olympia Center é enorme, luminoso, arejado e grandioso como o D&AD. Tudo parece ficar imponente e majestoso e ao mesmo tempo ganha ares de "premium".
Depois, os trabalhos em si: quanta coisa linda. A quantidade de coisa boa mesmo no long list é incrível. Normalmente, se vê muita coisa "mais ou menos" na maioria dos festivais. Aqui, a coisa parece ser diferente. Realmente salta aos olhos um maior critério de todos os profissionais e agências ao submeterem seus trabalhos ao D&AD. Talvez fique até mais difícil julgar.
Mas, por outro lado, um coisa é certa: tem que ser lindo, tem que ser incrível para entrar. Imagina então para ganhar um Lápis. E tem coisa linda e criativa, viu?
Não à toa, o festival surgiu exatamente como "Design and Art Direction", da sigla D&AD.
Eu que já vi muita foto e vídeo sobre o julgamento, que já ouvi muito de amigos que aqui estiveram, não imaginava que ao vivo era tão mais bacana.
Detalhes que, saiba você ou não, me chamam a atenção: você vota vendo a peça impressa, diretamente na sua frente (nada de vídeos ou pranchas que não mostram o trabalho como um todo) e sem pastas plásticas, que atrapalham a visualização. É respeito total ao trabalho. Você vê o livro, o jornal, o guardanapo, o folhetinho, a mala-direta diferente, o cartaz impresso em papel super premium, o anúncio idem, a prancha da ação super bem acabada..., enfim, tudo ao vivo e a cores, colocado na sua frente, como qualquer premiação deveria fazer. Isso traz uma qualidade de julgamento incrível. As vezes, diferencia as peças pelo seu acabamento e tipo de material. Não coloca tudo no mesmo parâmetro de julgamento, não. Mas, oras, o D&AD é pra isso.
Cada detalhe conta. Imprimiu tudo lindão e o "concorrente" não? Ponto pra você. Teve uma ideia super bacana e ficou mal impressa ou mal apresentada? Ponto pro concorrente. O Craft da coisa é tão importante quanto a ideia, em si. E, claro, no mundo dos detalhes que contam, isso é valioso.
Existem painéis em cada mesa ou parede com o "Judging Criteria". São 3 questões para os jurados se perguntarem sobre cada trabalho. Simples. Deveríamos nos guiar por isso em nosso dia-a dia. Achei interessante, porque podem parecer óbvias, mas não são tão óbvias assim quando se vê tanta coisa boa como aqui:
1) A ideia é original e inspiradora?
2) É excepcionalmente bem executada? (olha o "craft" aí)
3) É relevante em seu contexto?
Tão óbvio e simples quanto genial.
O D&AD me parece inspirador. Cheio de peças excepcionalmente bem executadas e pensadas, assim como as perguntas.
Essas 3 perguntinhas serão levadas por mim, daqui. Talvez precise ser um mantra para cada criativo. Mesmo que as vezes a gente ache que não precisemos ir assim tão a "ferro e fogo", todos os dias. Mas, convenhamos, se não formos assim, "ferro e fogo" é o que levarão os trabalhos assim que forem pra rua.