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O brasileiro Braga Junior, diretor de arte da Golo, escreve de Moçambique
Apita o começo do jogo, começa cá o meu tormento, junto dele a saudade dos nossos narradores folclóricos, como o Galvão Bueno, que arrasta o r cada vez que diz Ronaldo, Ronaldinho e Robinho. Narradores que entram em apnéia na hora de dizer gol. Começo achar que a narração podia ser chamada de narrativa ao lembrar do momento histórico e histérico que Robinho entorta, sem dó, nem piedade, o coitado do Rogério.
Em outro continente, percebo que a nossa arte não está apenas em nossos jogadores e nas pinceladas que dão com as suas chuteiras, mas também nos narradores e na ponta de suas incansáveis línguas.
Não sei o que é mais triste, ver o goleiro tomar um vermelho, ou ouvir na TV que o jogador recebeu uma cartolina vermelha, ou mais uma cartolina vermelha, para a equipe do Brasil.
Por outro lado é bom ver Ronaldo, carinhosamente apelidado de Ronaldo Leitão, deixar de ser um simples avançado e tornar-se um atacante.
Ver um gol da Argentina ser anulado porque o avançado estava fora de jogo no momento da cobrança de um pontapé de canto.
Mas o melhor de tudo é ouvir, a cada gol marcado pelo Brasil, o nome da minha agência gritado nos quatro cantos do Mundo.
Bola pra frente, continuo vendo do jeito deles e torcendo aqui do meu jeito. Aguardando vocês no prolongamento, ou na prorrogação, para ficar mais emocionante, na morte súbita, num arremate certeiro de Robinho, que se transforma no nosso hexa, no último e dourado golo.
Braga Junior - Diretor de Arte brasileiro - Agência Golo / Moçambique / África