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Pesquisa

19 mi migraram para a classe C no Brasil

22.03.11

O Observador 2011, pesquisa encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs, aponta que cerca de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010, que passou a ser a maior do país, com mais de 101 milhões de pessoas, representando 53% da população. 


Com a mudança, Marcos Etchegoyen, presidente da Cetelem BGN, questiona se seria o fim da pirâmide social no Brasil, uma vez que a representação gráfica das classes atualmente é como um losango: 25% da população nas classes DE (47,9 milhões), 21% nas classes AB (42,19 milhões) e 53% na classe C (mais do que as outras classes sociais somadas). 


Miltonleise Carreiro Filho, vice-presidente da empresa, informa que segundo o estudo, os brasileiros têm boas expectativas para 2011. "A maioria dos entrevistados acredita que haverá crescimento econômico, um aprimoramento do consumo e melhores condições de crédito", afirma.


Dentre os pesquisados, 92% acreditam que o crescimento geral do país será igual ou melhor do que foi em 2010, 53% acham que haverá mais consumo e 52% mais crédito.


O Brasil foi o mais bem avaliado em 2010 entre os 13 países em que a pesquisa é realizada.


Mais de 50% dos brasileiros acreditam que o padrão de vida, a situação financeira, a capacidade de compras para o lar e os investimentos vão crescer em 2011.


De acordo com a pesquisa, 2010 foi um ano de aumento da renda média dos brasileiros de todas as classes e regiões.


No entanto, a alta foi mais acentuada nas classes D e E, cuja renda familiar média declarada pelos pesquisados é de R$ 809,00. Esse valor é 48,44% maior do que em 2005, ano do início da pesquisa no país (R$ 545,00). 


Já a renda disponível (rendimento total da família menos os gastos) cresceu 45,22% em relação a 2009, chegando a R$ 200,64.


Com mais renda, houve aumento dos gastos com seguros, previdência privada, aluguel, vestuário e convênios médicos, entre outros.


Pode parecer paradoxo, mas além de gastar mais, a renda maior também possibilitou que mais brasileiros poupassem em 2010 em comparação a 2009. E cresceu a proporção de aplicadores em todos os segmentos, embora o valor médio investido tenha diminuído.


A pesquisa registrou aumento da intenção de compra em 2011 em todos os itens analisados, com destaque para móveis, decoração, entretenimento (TV, vídeo, HiFi), viagens e lazer. Destaque para 80% de pessoas das classes D e E que disseram ter intenção de comprar carro e moto. 


O acesso à internet deu um salto em 2010 e 41% dos brasileiros maiores de 16 anos (mais de 58 milhões de pessoas) utilizaram a rede, que em geral, é usada para obter informações sobre compras que serão realizadas depois em lojas.


Isso ocorre, em especial, nas aquisições de serviços e produtos como televisores, vídeos, HiFi, lazer, viagens e itens culturais.

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