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As várias faces da nova classe média
Estudo realizado pelo instituto CPM Research e encomendado pela QG Propaganda e pela Firmenich, empresa especializada em aromas e fragrâncias, buscou identificar as várias faces da nova classe média.
O objetivo da pesquisa é entender as atitudes e motivações das famílias da nova classe emergente e seus hábitos de consumo de alimentos e bebidas.
O estudo envolveu duas fases, quantitativa e qualitativa. Na quantitativa, foram ouvidos 489 consumidores (mulheres representantes das famílias) em São Paulo e Recife.
A pesquisa aponta que a nova classe média no Brasil não é única, mas compreende vários segmentos que, juntos, representam atualmente 85,1% da população.
Na fase qualitativa, foram realizadas entrevistas com quatro grupos de famílias em São Paulo e Recife, com mulheres de 20 a 45 anos, representantes da classe emergente. Também foram realizadas 18 vivências nas casas dessas famílias, nas mesmas cidades.
Nessa fase, identificou-se que não são só as classes A e B buscam conveniência e praticidade. Quando questionadas sobre como serão os alimentos industrializados do futuro, a maioria das mulheres da nova classe média (64%) respondeu que serão mais práticos e, em 2º lugar, com 24%, que os alimentos serão mais naturais, com menos química.
O estudo também identificou que existe um aumento no consumo de produtos industrializados e que o discurso de alimentação saudável e equilibrada não se comprova na prática.
Os pesquisadores verificaram as despensas e geladeiras das famílias entrevistadas e constataram a falta de verduras e frutas nos lares. Por outro lado, constataram muito uso de produtos industrializados.
O estudo identificou ainda quatro segmentos de públicos diferentes, representados pelas mulheres pesquisadas: Segura Ponderada / Insegura Contraditória / Satisfeita Atualizada / Insatisfeita Carente.
A "Segura ponderada" é aquela cujo ego parece bem resolvido, não está mais em busca do ideal e aceita opiniões alheias. Essas pessoas representam as famílias que estão abertas a inovações e utilizam bastante os produtos industrializados. O perfil predominante é de consumidores das classes B2 e C1, que têm entre 35 e 50 anos, com filhos, e que residem em São Paulo.
O perfil "Insegura contraditória" representa a família que precisa ser apoiada e ainda necessita do básico. As mulheres desse grupo são menos individualistas e mais apegadas emocionalmente às suas famílias, não apreciando ficar sozinhas. O perfil é predominante entre consumidores da classe C e D, que têm entre 20 e 34 anos, sem filhos e residem em Recife.
A "Satisfeita atualizada" preocupa-se com alimentação saudável, mas utiliza bastante os produtos industrializados. Está aberta a inovações. Mostra-se satisfeita com o que o mercado oferece. Perfil predominante é de consumidores da classe B2 e C1, que têm entre 20 e 34 anos, com um filho, nível médio e superior, trabalha fora e reside em São Paulo e Recife.
A "Insatisfeita carente" é crítica aos produtos oferecidos no mercado. Busca o ideal e não costuma aceitar opiniões alheias. Representa a família que precisa ser atendida e que está em processo de inserção na classe emergente. Perfil predominante é de consumidores da classe B2 e C2, todas as idades, com filhos, com ensino fundamental e médio, sem trabalho, e que reside em São Paulo e Recife.
Comentários
Vitor Veras (birilo.posterous.com) - O surgimento da nova classe média tem um outro reflexo, bem negativo na minha opinião: o aumento da obesidade. Em Pernambuco, minha terrinha, e principalmente no interior, é fácil notar como os "industrializados" como biscoitos, empanados e refrigerantes tomaram conta das refeições. A silhueta acompanhou. Tomara que esse fenômeno se estabilize e regrida, senão teremos mais um problema pra saúde pública.