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Pesquisa

Os consumidores e as 'inovações' das marcas

30.09.10

Só 49% dos entrevistados foi capaz de nomear uma “inovação recente” no setor de telefonia móvel, apesar de este ser considerado pelos próprios consumidores o setor mais inovador do mercado. A porcentagem de lembrança de inovações é ainda mais baixa em outras categorias e segmentos. Estes são alguns dos resultados de pesquisa realizada pela TNT na Espanha, com foco na inovação de produtos e serviços e a percepção do consumidor. 


A pesquisa prova que apesar de reconhecerem que um setor do mercado é inovador, os consumidores têm dificuldades na hora de ilustrar qual é atualmente uma inovação.


Só 49% dos consumidores identificou produtos como o iPhone, a touch screen e o 3G. A maioria não foi capaz de dar nenhuma resposta. Por outro lado, o setor de tecnologia móvel é considerado um dos mais inovadores, tendo alcançado média de 8,1, sendo a nota máxima 10.


No lado oposto está o setor bancário, percebido como pouco inovador e tendo recebido pontuação 5,5. Só 24% dos entrevistados puderam nomear inovações recentes no segmento. Apesar disso, os consumidores declaram que a inovação neste setor é muito importante, o que mostra um alto nível de expectativa. Há contudo um grande déficit entre essas expectativas e a experiência real junto ao setor: na hora de avaliar o nível em que o setor bancário satisfaz suas necessidades em termos de inovações, o consumidor deu média 5,7.


Os setores de cuidados pessoais e produtos lácteos apresentaram exatamente situação contrária. Há expectativas mais baixas no que se refere à inovação, fazendo com que o nível de satisfação supere em ambos setores o nível de expectativa.


Glória Malgosa, diretora da área de Inovação e Desenvolvimento de Produtos da TNS comenta que “o maior problema que enfrentam as marcas é a dificultade dos consumidores na hora de definir o que é uma inovação. Por exemplo, muito raramente identificam as extensões de uma linha de produtos como inovação, apesar de ser esta uma das estratégias de desenvolvimento de produto mais usadas pelas marcas. Por esta razão, as companhias precisam se basear nas necessidades dos consumidores, tanto funcionais como emocionais para definir estratégias de inovação. A maneira que uma marca fará isso vai depender em grande medida da categoria a que pertence, já que os consumidores querem coisas muito diferentes de um produto lácteo e de um carro novo ou de um celular. Infelizmente, em matéria de inovação não há uma receita única de êxito".


Quanto às diferenças setoriais, ela diz que “em geral, o espanhol valoriza positivamente o nível de inovação em quase todos os setores, à exceção do bancário, setor que mostra necessidade de ampla margem de crescimento em inovação. Não à toa, o nível de expectativa sobrepassa em grande medida o de satisfação, situação a priori negativa que pode se resolver com um correta escuta das necessidades do consumidor.”

Espie a pesquisa na íntegra aqui.


Comentários

Alexandre Feliciano - Acho que as pessoas confundem produtos tecnológicos com a filosofia de uma empresa inovadora. o mercado de telefonia é arcaico, apesar de venderem tecnologia. o atendimento das empresas de telefonia (principalmente celular) é péssimo, são campeões em reclamação no procon. o modelo de comercialização por minuto de pacotes é arcaico. tive um problema com uma empresa dessas uma vez em que eles venderam linhas demais e depois o setor de cobrança não conseguia emitir as faturas, ocasionando em problrmads na cobrança. acho isso tudo uma grande balela


 

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