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TPM afeta homens
O estudo Tensão Pré-Menstrual: Perspectivas e Atitudes de Mulheres, Homens e Médicos Ginecologistas no Brasil acaba de ser realizado pelo CEMICAMP (Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas), com o apoio da Bayer Schering Pharma.
A pesquisa revela que os homens são sensíveis aos sintomas de TPM das mulheres, mas que falta diálogo e conhecimento sobre como ajudar a companheira. Também demonstra o impacto da síndrome pré-menstrual na qualidade de vida da mulher.
O estudo ouviu cerca de 1,6 mil brasileiros. Dos 527 homens entrevistados, 84,1% afirmaram conhecer alguma mulher que sofre de TPM e 72,7% disseram viver ou já ter vivido com mulheres que têm TPM. Na opinião deles, a síndrome interfere de maneira significativa no relacionamento amoroso e nas relações familiares da mulher.
Apesar da facilidade em reconhecer os sintomas e o impacto destes na qualidade de vida das parceiras, o público masculino declarou não saber qual é a atitude mais adequada diante desta situação.
Quanto às mulheres, os resultados mostram que a maioria - 80% do total de 1.053 entrevistadas - afirma que tem ou já teve TPM.
Para 78,9%, o parceiro (namorado ou marido) consegue perceber quando ela está na TPM. Destes, 11% ficam irritados e sem paciência, 39,4% saem de perto ou são indiferentes, enquanto 54,8% tentam entendê-la sem brigar.
O público masculino se considera mais compreensivo do que as mulheres acham, pois 62,1% disseram que conseguem entendê-las nesse período, diz o ginecologista Carlos Alberto Petta, coordenador da pesquisa e professor de Ginecologia da UNICAMP.
Enquanto 54,6% das mulheres disseram que os sintomas da TPM interferem no seu namoro ou casamento, esse índice sobe para 84,4% na opinião dos homens.
Apesar de aproximadamente 40% das mulheres afirmarem que o impacto acontece nas atividades da casa, no trabalho, nas atividades sociais ou nos relacionamentos familiares, os homens acreditam que essa influência é bem maior: 77% nos relacionamentos familiares, 72% no trabalho, 69,1% nas atividades sociais, 68,7% nas atividades de casa e 60,1% nos estudos.
As opiniões divergentes demonstram que, mais do que imaginávamos, o público masculino sente na pele os reflexos da TPM, analisa Petta.
O impacto negativo da TPM parece acontecer com maior intensidade nas mulheres que apresentam, ao mesmo tempo, manifestações físicas e emocionais. Tanto é que, na comparação com aquelas que sentem apenas um tipo de sintoma, as com ambos os sintomas respondem pelo maior percentual de consultas médicas: 41,6% versus 15,4%.
As principais estratégias mencionadas para lidar com as manifestações da TPM são conversas com outras mulheres, principalmente familiares e amigas, ou simplesmente esperar passar.
Apenas 35,7% mencionaram que conversam com o médico sobre o tema ou, em 28,7% dos casos, com o marido ou namorado.
O que a pesquisa mostrou
A maioria das mulheres afirma que tem ou já teve TPM.
As mulheres, embora reconheçam tanto manifestações físicas quanto emocionais, enfatizaram mais as primeiras, e os homens pareceram reconhecer mais as manifestações emocionais.
A manifestação conjunta de sintomas físicos e emocionais responde pelo maior impacto na qualidade de vida da mulher, principalmente no âmbito dos relacionamentos afetivos e no trabalho.
Apesar das queixas freqüentes, mais da metade das mulheres nunca procurou atendimento médico. As principais razões são a idéia de que a TPM é passageira, a dificuldade de acesso à consulta médica e a percepção de que não há abertura para falar com o médico.
Mais da metade dos homens reconhecem os sintomas da TPM e se mostram dispostos a ajudar, mas não sabem como fazer isso.
A TPM ainda é pouco abordada entre médicos e pacientes, assim como entre homens e mulheres.
Dos 1.580 entrevistados, a maior parte (77%) tinha idade entre 20 e 35 anos. Foram aplicados 1.053 questionários às mulheres e 527 à homens de diferentes classes sociais (A/B, C, D/E).
O trabalho também incluiu entrevistas semi-estruturadas com grupos de homens, mulheres e médicos ginecologistas.
O projeto abrangeu regiões brasileiras diferentes: Campinas, na região Sudeste, Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre) Porto Alegre na região Sul, Salvador e Camaçari (área Metropolitana de Salvador) na região Nordeste, Manaus na região Norte, Campo Grande na região Centro-Oeste, e Brasília.
O impacto da TPM na opinião de homens e mulheres
Homens - %
Mulheres - %
Estudos
60,1
37,1
Atividades em casa
68,7
45,1
Trabalho
72,0
46,5
Atividades sociais
69,1
43,7
Relacionamentos familiares
77,0
48,7
Namoro ou casamento
84,4
54,6
A reação do parceiro (namorado, marido ou companheiro) frente aos sintomas da TPM da mulher, segundo a opinião de ambos os sexos.
Homens - %
Mulheres - %
Entende/ compreensivo/ respeita/ não briga
62,1
54,8
Sai de perto/ fica quieto/ não faz nada/ é indiferente
30,6
34,9
Fica bravo/ não tem paciência/ fica irritado/ muda de humor também/ brigam muito
7,8
11,0
Outra
5,9
6,2
Outras informações sobre o tema: www.aliviotpm.com.br