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Pesquisa

Classe C é a maior no Brasil

26.03.08

A classe C é a maior no Brasil. Os representantes dessa camada social saltaram de 36%, em 2006, para 46% em 2007, chegando a 86 milhões de pessoas.


Já as classes D/E, que até 2006 tinham uma proporção maior que a C, apresentaram queda de 46% para 39% e somando 73 milhões de pessoas, em 2007.

As classes A/B tiveram uma redução de 18 para 15% entre 2006 e 2007.


Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) e fazem parte da pesquisa Observador Brasil 2008, encomendada pela financeira Cetelem ao Instituto de Pesquisa Ipsos. Foram feitas 1.500 entrevistas em 70 cidades do Brasil.


Com a melhora da renda da população brasileira, as classes sociais mais baixas deixaram de ser maioria no país. Enquanto 39% das pessoas estavam nas faixas de renda DE, no ano passado, o que corresponde a 73 milhões, outras 46% estavam na C (86 milhões).


Os dados ainda demonstram que as desigualdades têm diminuído no país. Em 2005, a renda média mensal das classes AB era de R$ 2.484 e, depois de dois anos, o valor caiu para R$ 2.217 (-11%). Nas classes D/E houve alta de R$ 545 para R$ 580 no mesmo período (+6%).


A renda média mensal da classe C permaneceu no mesmo patamar: algo em torno de R$ 1.100. As pessoas que migraram das faixas de renda DE para a C tiveram incremento nos rendimentos médios mensais de R$ 580 para R$ 1.100.


Sobre a renda disponível, nas classes mais baixas, enquanto ela era negativa em 2005 (-R$ 17,00), passou para R$ 22 em 2007. Na classe C, ela passou de R$ 122 para R$ 147 no período analisado. Na classe AB, o movimento foi contrário: caiu de R$ 632 para R$ 506.

De acordo com o Observador 2006, os maiores crescimentos na intenção de compra de bens foram para móveis, eletrodomésticos, lazer/viagem, TV/Hi-Fi/vídeo, telefone celular, computador para casa e decoração.


Renda em alta, renda disponível em crescimento, otimismo também. Quando se perguntou, em 2005, qual a nota que as pessoas davam para a situação atual do Brasil, esse número atingiu 4,7 entre 0 e 10. Em 2006 foi para 5,2 e finalmente para 5,3 em 2007. A nota média dada pelo brasileiro para a situação atual do país é superior a nota dada pelo europeu, 4,9.


Nas regiões brasileiras a nota média conferida à situação do Brasil aumentou de forma diferenciada. Sul e Sudeste tiveram um padrão de crescimento semelhante entre si, mas diferente de Norte, Centro-Oeste e Nordeste.


 

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