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Publicidade digital nos EUA

O que o Google pode alegar em caso sobre práticas antitruste

14.07.20

O Departamento de Justiça dos EUA está investigando desde setembro do ano passado se o Google abusa de seu domínio do mercado de publicidade digital. Agora se aproxima a fase em que os procuradores federais devem concluir esse trabalho.

Um relatório feito a pedido do Google sugere que argumentos a empresa poderá usar na investigação da Justiça sobre práticas antitruste, aponta o jornal The New York Times. Trata-se de um documento de 67 páginas apresentado em maio para a Comissão Australiana de Concorrência e Consumidores, que analisa o setor de publicidade online.

O foco do relatório está em dizer que a empresa, mesmo detendo quase 30% do mercado global de anúncios digitais, não controla a indústria a ponto de poder cobrar demais dos clientes e eliminar concorrentes. Segundo os autores do documento – o advogado Daniel Bitton, sócio de um escritório que representa o Google há anos em casos antitruste, e o economista Stephen Lewis – a companhia não construiu seu sistema para dar vantagem a seus próprios serviços, competindo com uma grande variedade de empresas.

De acordo com o texto, a gigante da tecnologia compete com outra gigante como Amazon. Também concorre com players menos conhecidos do público como The Trade Desk, que teve receita de US$ 477 milhões em 2018. Como observa o NY Times, apenas mais uma empresa indicada em um gráfico do documento conta com serviços atendendo cada parte do ecossistema de publicidade digital: AT&T.

Bitton e Lewis explicam que o sistema do Google trabalha com produtos de outras companhias. Eles argumentam que, com isso, a empresa tornou o processo de compra de anúncios mais eficiente. Ou permitiram surgir alternativas fortes para compradores e vendedores.

Em fevereiro passado, o Google recorreu de multa bilionária aplicada pela União Europeia em processo de investigação antitruste. A companhia foi multada em 2,4 bilhões de euros. Práticas do Google e de outras empresas de tecnologia, como Facebook, Apple e Amazon, têm sido alvo de investigação em diversas regiões.

Leia aqui a reportagem completa do NY Times.

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