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Alana agora questiona bancos
Bradesco, Itaú e Nossa Caixa (sic) foram notificados pelo Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana.
A entidade considera que os bancos promovem comunicação mercadológica dirigida ao público infantil.
As instituições financeiras têm prazo de 10 dias para responder. Caso não haja manifestação, o Instituto Alana promete 'denunciar' aos órgãos competentes aquilo que considera "publicidade abusiva".
No texto encaminhado aos três bancos, a ONG aponta uma tendência das corporações usar a criança como promotora de vendas.
A linguagem pautada no universo infantil dialoga diretamente com a criança e é usada como meio de fidelizar clientes desde muito cedo. Isso é ilegal, tendo em vista que a publicidade abusiva é aquela que, entre outras coisas, se aproveita da hipossuficiência infantil e não se identifica claramente como tal, defende Isabella Henriques, coordenadora geral do Projeto Criança e Consumo.
O Instituto Alana cita que o Bradesco atrelou o plano "Prev Jovem" caderneta de poupança destinada a crianças e jovens ao ganho de bonecos infantis, durante o mês de outubro. O banco também criou o site Espaço da Turma, com jogos e atividades infantis. Segundo o Instituto, o espaço é usado para promover o serviço de previdência e as ações do Bradesco.
A promoção Galerinha do Futuro, do Itaú, que deve se encerrar em 31 de dezembro, também é apontada pelo Alana como dirigida ao público infantil.
A entidade diz que a ação associa o serviço oferecido pelo banco ao ganho de quatro bonecos infantis estilizados (toy art), que são adquiridos no momento da contratação e a cada três meses consecutivos de adesão ao plano.
Ainda de acordo com o Instituto Alana, a "Nossa Caixa" promove campanha semelhante, com os personagens infantis (monstros) chamados de Poupançudos e o site Mundos dos Poupançudos (embora esta campanha seja na verdade da Caixa Econômica Federal).
A notificação encaminhada pelo Criança e Consumo chama a atenção para a homepage do site que leva a frase Bem-vindo ao mundo dos Poupançudos Aqui quanto mais você poupar, mais presentes ganha.
Que coisa, hein?
Leia anteriores sobre o Alana aqui e aqui.
Comentários
Ricardo Schrappe - - Que coisa mesmo. Isso já virou mania de perseguição, paranóia, TOC, sei lá. Na visão do Instituto tudo é malicioso, tudo conspira contra a criança. E a propaganda, obviamente, é coisa do tinhoso. Pois eu proponho a criação de um Instituto para investigar a atuação do Instituto Alana. Acho que eles fazem mal para as crianças ao tentar fingir que o mundo é perfeito, que não existem mosquitos, bactérias, pessoas de caráter duvidoso e produtos supérfluos. Ei, existem pais e mães. A tarefa de educar os filhos é deles.
Rodrigues - A campanha dos poupançudos não é da Nossa Caixa, é da Caixa Econômica Federal.
Jacques Meir - O tal instituto deve ter aquele ranço ideológico de achar tudo que é capitalista, pernicioso e querem "reformar" a sociedade, preservando os "puros de coração". PFUI! Por mais que acredite que devemos buscar uma nova ética na propaganda, mais qualidade e criatividade não-baseada em estereótipos, essa visão do tal "Alana" é deplorável É uma ofensa à nossa inteligência e um claro viés ideológico travestido de "proteção" às "criancinhas".
Mori - O mais curioso é que a presidente do Instituto Alana é também herdeira do Grupo Itaúsa...