Referendo (com comentários)

O relógio que fica na frente da JWT, em São Paulo, deixa clara a posição da agência em relação ao referendo sobre a proibição da venda de armas de fogo no Brasil.

O relógio simula a urna de votação e traz o texto: 

Sim – Sou a favor da proibição do comércio de armas de fogo no Brasil.

Não – Sou maluco, inconseqüente e irresponsável e acho que todos devem andar armados por aí.

A criação é assinada por Andréa Siqueira e Alexandre Soares, com direção de criação de Átila Francucci e Alexandre Soares.

Comentários

Sergio Nicoleti - Tá vendo? Democracia é isso: a revista Veja é assumidamente contra o desarmamento e a JWT é a favor. Eu voto pelo SIM. Mas respeito o direito da Veja votar pelo NÃO. A democracia, apesar de tudo, ainda é melhor. nicoletisergio@aol.com

Big - Acho que depende muito do ponto de vista de cada um e do diretor de criação que aprova o anúncio. Por exemplo: SIM - Sou maluco, inconseqüente e irresponsável para deixar essa situação nas mãos de políticos que recebem para solucionar problemas e nem isso conseguem fazer. luizcarlosbig@terra.com.br

Chico - "Democracia é isso"? Como assim??? Vc acha certo a revista de maior tiragem do país fazer uma campanha a favor do "não" enquanto uma agência de publicidade, uma das mais influentes, tendo seu trabalho admirado e idolatrado por alguns publicitários e estudantes, faz a campanha pelo "sim"? Os dois "meios" são formadores de opinião...como tal, devem exercer esse poder da forma mais correta possível: ñ incutindo pensamentos pre-formados na cabeça das pessoas e sim mostrando os prós e os contras, deixando a decisão para a população. ISSO é democracia. kinho027@gmail.com

Ziggy - Sim - sou a favor de tirarem meus direitos para explicar a violência no Brasil. Não, tenho noção de que a violência vai muito além do porte de armas. ziggao@gmail.com

Rafael - Como assim? Sou maluco, inconseqüente e irresponsável e acho que todos devem andar armados por aí? Então se o Não ganhar todo mundo vai ser obrigado a andar armado???? Claro que não, o referendo não trata disso. Claro que como é uma peça a favor do Sim, quer influenciar as pessoas a votar no Sim, mas não com mentiras. raffael@correios.net.br

 Leonardo Sevaybricker - É um absurdo comparar o direito de uma agência de propaganda se pronunciar claramente sobre a questão e um veículo de comunicação. Sou absolutamente a favor do SIM, mas não gosto da abordagem da JWT. Acho simplista chamar todo mundo que pensa diferente da gente de estúpido ou maluco. Mas, enfim, é a posição da agência e não existe problema em assumi-la. Muito mais interessante é o filme feito pela própria agência sobre o assunto, onde uma criança encontra os cigarros do pai, sugerindo que também poderia encontrar uma arma. Genial! É também absolutamente legítimo que cada pessoa tome partido, inclusive um colunista da Veja. Agora, a revista, como instituição, como veículo de informação poderosíssimo, que entra na casa de milhões de pessoas, têm a obrigação de mostrar as vantagens e desvantagens das duas opções e deixar o julgamento por conta do leitor. É um absurdo que ela assuma claramente o NÃO, como seria absurdo apoiar abertamente um candidato numa eleição.
leonardo@ideanarede.com.br

Lucas - Infelizmente, parece que o pessoal da JWT não entendeu o referendo. A proibição ou não do comércio de armas não vai fazer com que as pessoas andem armadas ou não. O porte de arma já é regulamentado e pouquíssimas pessoas podem andar armadas. Parece que a "piadinha" publicitária, a forma, foi mais importante que o conteúdo. lucassp@yahoo.com.br

 Lene de Costa - Acho que a manifestação da JWT é um pouco desrespeitosa com quem é contra a proibição. Votar no "Não" não significa que se incentive o uso de armas ou se ache que é a solução. A pergunta é: o comércio legal deve ser proibido? Gostaria de poder responder à questão sem medo de ser classificado como maluco, incosciente e irresponsável.
lene_cri@hotmail.com

Paulo - Maluco, inconsequente e irresponsável é quem aprovou esta peça. Não digo o mesmo de quem criou porque deve tratar-se de alguém que sequer sabe que o referendo não foi feito para evitar que malucos andem armados por ai. Isto já é proibido.  Incrível que uma grande agência multinacional, uma grande marca da propaganda, dê uma demonstração de intolerância e ignorância deste porte. Se tratam assim quem democraticamente diverge de suas opiniões, imagino o que não devem dizer de clientes que não aprovam suas peças. Eu, hein... paulo_souza@hotmail.com

 Leandro - Nos primeiros tópicos alguém disse: "isso que é democracia..". Para mim, democracia é outra coisa.. Quem ganha é quem manipula mais. Isso é democracia?? uma coisa é dar a opinião outra coisa é manipular, como a Veja fez. Acredito fielmente que alguma indústria de armas tenha financiado aquelas páginas. Sou a favor do SIM, sou contra a MANIPULAÇÃO, independente do lado que ela esteja. Tirar o direito de reflexão das pessoas por um voto (como fazemos com nossos políticos-produtos) é inadmissível na democracia que eu idealizo.. Mas isso é utopia. De qqr maneira, eu perdi o respeito pela Veja..

Luis - O que deverá estar pensando um cliente ou prospect da JWT, porventura votante no NÃO, ao passar em frente ao relógio e dando de cara com essa mensagem? O Martin Sorrel deve estar achando que seus representantes aqui no Brasil são malucos, inconsequentes e irresponsáveis. lumartinez@gmail.com

Rafael Pimentel - Sou contra o referendo. É uma falácia, jogada de uma falsa democracia. É como se o governo tivesse jogando a responsabilidade do problema da violência para o povo. O barbudo tá dizendo "toma que o filho é teu", quando na verdade a bronca é do governo dele. rafael81@terra.com.br

André Amaral - Muito bacana essa peça. Simples, direta, chamativa. O pessoal da JWT está de parabéns. Que pena que não exista um referendo para proibir a opinião de pessoas que não tenham um pingo de noção de boa propaganda. andrezim_usa@hotmail.com

Victor Oliveira - Bom, eu achei ótima a iniciativa da JWT, parabéns mesmo! victor@marchand.com.br