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Joanna Monteiro comenta texto que diz que o criativo perfeito é feminino
Convidada pelo Clubeonline, Joanna Monteiro, vice-presidente de criação da FCB Brasil, analisou o artigo Por que o criativo moderno perfeito é feroz, destemido e feminino, assinado por Nils Leonard, CCO da Grey Londres, e publicado pela Adweek nesta semana. No texto (leia aqui), o profissional critica processos e pensamentos antiquados e ultrapassados dentro das agências, citando qualidades ditas femininas como aquilo que todo criativo deveria buscar para ser, como a personagem fictícia, perfeito.
Para Joanna, a decisão de Nils Leonard pela figura feminina se dá pela maior facilidade da mulher em aceitar o novo, bem como o envolvimento de outras pessoas em um projeto próprio. Historicamente, é mais fácil encontrar essas características na mulher. Geralmente, ela se sente menos ameaçada em dividir aquilo que faz, corporativamente falando. Também não costuma se sentir menor por pedir ajuda e isso não só dentro da atividade publicitária, mas na vida como um todo. Os homens normalmente são mais autossuficientes, além de sentir mais peso em errar do que as mulheres. E isso significa liberdade quando falamos de uma profissão em que você precisa arriscar sempre, analisa.
A vp da FCB também considera que os modelos fechados e competitivos das agências de propaganda, onde o ego e a vida em torno do trabalho tornaram-se quase regra, fizeram com que as mulheres decidissem por não se manter neste ambiente. Agora, porém, com diversas evoluções de processos e cenários inclusive as citadas por Leonard , a tendência é que elas voltem a aparecer em maior volume e relevância nas equipes.
Quando as pessoas me perguntavam se a profissão tinha tirado as mulheres do jogo, eu dizia que foram as mulheres que quiseram sair. Elas não se encaixavam naquele ambiente, extremamente competitivo e individualista. Hoje, na época do sharing, não cabe mais você se fechar em si, tem que dividir. São tantas informações que, se você não se cercar de mentes colaborativas e capazes, fica impossível fazer um bom trabalho, enfatiza.
Joanna diz não ter concordado com 100% do texto, mas confirma ter gostado da maioria das propostas. O que mais gostei é de ele ter colocado luz sobre algo que a gente já vem fazendo aqui na agência, que é a fortaleza do coletivo, de estar sempre aberto a pessoas novas, ideias novas e a todas as diferentes especialidades. Acho que a FCB é uma agência feminina nesse sentido, finaliza.