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Repercussão

Joanna Monteiro comenta texto que diz que o criativo perfeito é feminino

03.10.14


Convidada pelo Clubeonline, Joanna Monteiro, vice-presidente de criação da FCB Brasil, analisou o artigo “Por que o criativo moderno perfeito é feroz, destemido e feminino”, assinado por Nils Leonard, CCO da Grey Londres, e publicado pela Adweek nesta semana. No texto (leia aqui), o profissional critica processos e pensamentos antiquados e ultrapassados dentro das agências, citando qualidades ditas femininas como aquilo que todo criativo deveria buscar para ser, como a personagem fictícia, “perfeito”.



Para Joanna, a decisão de Nils Leonard pela figura feminina se dá pela maior facilidade da mulher em aceitar o novo, bem como o envolvimento de outras pessoas em um projeto próprio. “Historicamente, é mais fácil encontrar essas características na mulher. Geralmente, ela se sente menos ameaçada em dividir aquilo que faz, corporativamente falando. Também não costuma se sentir menor por pedir ajuda – e isso não só dentro da atividade publicitária, mas na vida como um todo. Os homens normalmente são mais autossuficientes, além de sentir mais peso em errar do que as mulheres. E isso significa liberdade quando falamos de uma profissão em que você precisa arriscar sempre”, analisa.



A vp da FCB também considera que os modelos fechados e competitivos das agências de propaganda, onde o ego e a vida em torno do trabalho tornaram-se quase regra, fizeram com que as mulheres decidissem por não se manter neste ambiente. Agora, porém, com diversas evoluções de processos e cenários – inclusive as citadas por Leonard –, a tendência é que elas voltem a aparecer em maior volume – e relevância – nas equipes.



“Quando as pessoas me perguntavam se a profissão tinha tirado as mulheres do jogo, eu dizia que foram as mulheres que quiseram sair. Elas não se encaixavam naquele ambiente, extremamente competitivo e individualista. Hoje, na época do ‘sharing’, não cabe mais você se fechar em si, tem que dividir. São tantas informações que, se você não se cercar de mentes colaborativas e capazes, fica impossível fazer um bom trabalho”, enfatiza.



Joanna diz não ter concordado com 100% do texto, mas confirma ter gostado da maioria das propostas. “O que mais gostei é de ele ter colocado luz sobre algo que a gente já vem fazendo aqui na agência, que é a fortaleza do coletivo, de estar sempre aberto a pessoas novas, ideias novas e a todas as diferentes especialidades. Acho que a FCB é uma agência feminina nesse sentido”, finaliza.



 


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