Repertórios

Demorou, mas parece que, enfim, as fitas VHS estão caindo em desuso nas produtoras como forma de divulgação de seus repertórios. Muito mais práticos, espaçosos, dinâmicos e ricos em alternativas, os DVDs vêm ganhando terreno. A demora na substituição do suporte, contudo, estava mais ligada à falta de DVDs players nas agências - até cerca de um ano atrás - do que à desatualização das produtoras.
Na verdade, quem distribuiu repertórios em DVDs durante 2000 e 2001 deu com os burros n'água, por incrível que pareça, uma vez que não havia como assistí-los em 90% das agências. Na época, a O2, por exemplo, chegou a enviar um DVD ao mercado, mas apenas com os curtas produzidos pelos diretores da produtora. Ou seja, um DVD para levar para casa e ver com a família. Já a Cine Cinematográfica, vanguarda no úrtimu, colocou em DVD um dos quatro repertórios que distribui anualmente, mas percebeu que, infelizmente, grande parte das agências ainda não estava preparada para "tamanha ousadia".
Em 2002, contudo, as coisas mudaram e, em 2003, espera-se que as VHS saiam de circulação quando o assunto for repertório.
Entre as produtoras de imagem pioneiras na adoção da nova tecnologia, além das já citadas, está outra paulista: a V Filmes, de Wiland Pinsdorf. No caso das produtoras de som, a YB, de Paulo Calia e Maurício Tagliari, também aderiu ao novo suporte.
E todos os que encararam esse "upgrade" estão muito mais satisfeitos com o retorno que vêm obtendo do que "nos tempos idos" das fitas VHS - cujo destino, invariavelmente, era uma pilha de iguais, num topo de armário, onde permaneceriam até o momento de descansar em paz, na lata de lixo.
Provavelmente, por desconhecimento, deixo de citar outras produtoras tchop-tchura que já tenham, também, adotado o DVD. Mas o importante aqui é o registro e o aplauso pela mudança.