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Cade aprova fusão
Após mais de um mês de intensas negociações entre representantes da Brasil Foods (BRF) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o conselho aprovou nesta quarta-feira, 13, por quatro votos a favor e um contra, a fusão entre as empresas Sadia e Perdigão - que resultou na criação da BRF.
A Brasil Foods firmou com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) um termo em que se compromete a vender ativos como fábricas, granjas e abatedouros e a suspender a venda de diversos produtos Perdigão e Batavo por um prazo de até cinco anos.
A assinatura do termo foi a exigência feita pelo Cade para aprovar a fusão entre a Perdigão e a Sadia, que deu origem à BRF.
Os ativos que serão vendidos representam 80% da capacidade produtiva da Perdigão no mercado nacional e representam a produção de 730 mil toneladas de processados por ano.
Pelo acordo, que só foi concluído às 11h desta quarta-feira, a marca Perdigão será retirada por três anos de produtos como lombo congelado, pernil, presunto e apresuntado e em quatro anos de salames. Pratos prontos como lasanha perderão a marca por cinco anos, assim como almôndegas e frios saudáveis.
"Suspender a marca Perdigão nesses prazos e nesses mercados foi a única possibilidade crível para uma solução negociada. Dessa forma, a marca Sadia ficará mais desprotegida e reduzimos a barreira para uma nova entrante", disse o conselheiro Ricardo Ruiz, primeiro a ler seu voto, de aprovação, nos termos do acordo entre a autarquia e a BRF.
Ainda segundo ele, para ser atingida a solução houve a necessidade de mais diálogo entre as partes. "Acordamos que o voto do relator, com as suas principais preocupações, seria o ponto de partida para as novas negociações", disse. "Sem o voto do relator, não seria possível a redação de um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) em prazo tão curto", completou.
O conselheiro citou os principais pontos de preocupação do relator Carlos Ragazzo, que manteve seu voto contra, e a solução sugerida pela empresa, que para a elaboração do novo TCD partiria de venda de ativos e marcas. "Começamos as reuniões porque as empresas mudaram radicalmente de posicionamento", declarou Ruiz. "Para rivalizar com a BRF seria necessário uma empresa com escala e escopo em todos os elos da cadeia em âmbito nacional."
Ainda nos termos do acordo, a empresa não poderá readquirir os negócios a serem alienados por um prazo de 10 anos da data de assinatura do TCD, além de garantir a manutenção de empregos por seis meses.
Os investimentos em marketing deverão permanecer em níveis equivalentes aos de 2010.
Leia anterior sobre o assunto aqui.
Leia matéria do Terra na íntegra aqui.
Leia matéria do Estadão na íntegra aqui.
Leia matéria do UOL na íntegra aqui.