arrow_backVoltar

Social Media Week

JWT avalia mídia social x tradicional

08.02.11

A JWT apresentou, nesta terça-feira (08), durante o debate "Verdades, Mentiras & Mídias Sociais", na Social Media Week / São Paulo, estudo inédito realizado pela agência.


Cristiano Dias (Creative Technologist da JWT) e Patrice Lamiral (Diretor de Estratégia Digital da JWT) apresentaram uma análise do impacto das mídias sociais na mídia tradicional e dos meios tradicionais nas redes sociais.

“Ao comparar o universo colaborativo das mídias sociais com a desejada exclusividade do tradicional, queremos abrir o debate para a real influência que cada meio tem sobre o outro e como podemos aproveitar esses dois ambientes para nos comunicar”, afirma Ken Fujioka, Head de Planejamento da JWT e coautor do estudo.

O estudo aponta que as mídias sociais são totalmente pautadas pela mídia tradicional.


A pesquisa conclui que a mídia tradicional é a fonte de informação para os assuntos “noticiosos” do cotidiano. É nela que as pessoas se informam sobre política, esportes, economia etc. Esses assuntos são, então, comentados nas mídias sociais.


Mesmo que alguém lance um fato primeiro no Twitter ou no Facebook, a cobertura aprofundada e a maioria dos furos acontece na mídia tradicional, constatou o estudo. 


Dentre os assuntos mais comentados no Twitter em todo o mundo em 2010 - vazamento de óleo no Golfo do México, Copa do Mundo, Inception (A Origem), terremoto no Haiti, Apple / iPad, Google Android, Justin Bieber,  Harry Potter e as Relíquias da Morte, Polvo Paul e Vuvuzela - só os dois últimos foram genuinamente originados nas mídias sociais.


Outro questionamento do estudo é se a mídia tradicional é pautada pelas mídias sociais e a conclusão é que, aparentemente, isso acontece pouquíssimo, sendo as mídias sociais mais usadas como fonte de pesquisa. 


O estudo levanta algumas hipóteses para justificar a relação entre as mídias sociais e as tradicionais.


Segundo o relatório, a maioria do que se fala em mídias sociais é de caráter pessoal, especialmente fora dos blogs - estes sim teriam um compromisso, em geral, com a busca por conteúdo original.


Nos EUA, diz o estudo, isso acontece mais do que no Brasil. Blogs são fontes de informação, dão furos, investigam: o TMZ foi o veículo que avisou ao mundo que Michael Jackson tinha morrido, o Gizmodo conseguiu um iPhone 4 roubado, Barack Obama conseguiu com sucesso usar as redes sociais e os blogs movimentam milhões nos EUA (vide Huffington Post, agora comprado pela AOL - leia aqui).


No Brasil, a mídia online é bastante concentrada, bem como a mídia chamada "offline". Assim como há cinco grandes canais de TV, no país, há também sete sites "majors", que somam cerca de 75% de todos os pageviews do Brasil, segundo o Ibope: UOL, Terra, iG, Globo.com, Google (incluindo busca, YouTube e Orkut), Microsoft Live e Yahoo!.


Mesmo considerando que Google e Live não estão focados na produção de conteúdo, os outros cinco portais ainda representam metade do tráfego da internet no Brasil, em pageviews.


Em comparação, os seis maiores sites dos EUA (excluindo o Facebook) — Yahoo!, Youtube, Amazon.com, MSN, Live.com e Ebay — representam apenas 7,5% do tráfego, segundo o Google Doubleclick.


O hábito de navegação do brasileiro ainda passa bastante pelas homepages dos portais, que tiveram a competência de criar esse hábito e de mantê-lo até hoje e portanto são poucos os blogs independentes com audiência relevante, aponta o estudo.


Os investimentos estão também bastante direcionados aos grandes portais, pela massa crítica que souberam criar.


A mídia online no Brasil ainda é pequena se comparada aos outros meios (internet responde por cerca de 5% do bolo publicitário), mas, em 2010, segundo dados do Ibope, estima-se que a soma dos investimentos nos cinco grandes portais tenha sido superior a 50% do total investido na web.


Com esse tráfego e esses investimentos - analisa a pesquisa - os portais conseguem trazer, para seus quadros, produtores de conteúdo de qualidade e audiência.

Social Media Week

/