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Empresas barram campanha de ateus
Empresas de mídia barraram campanha publicitária com dizeres contra religião, patrocinada pela Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), leia aqui.
As companhias se recusaram a veicular os anúncios mesmo depois de o contrato já ter sido assinado. A Atea estuda medidas judiciais cabíveis.
As peças, com frases como "Religião não define caráter" e "A fé não dá respostas; ela só impede perguntas", deveriam circular em ônibus de Salvador, São Paulo e Porto Alegre pelo período de um mês.
A recusa ocorreu primeiro em São Paulo e depois em Salvador, sob a alegação de que as mensagens poderiam violar dispositivos das respectivas leis de publicidade em espaços públicos, informa a Folha.Com.
Há informações ainda não confirmadas de que empresa de Porto Alegre também vá romper o contrato.
"As seguidas recusas de prestação de serviço são uma confirmação contundente da força do preconceito contra os ateus, e da necessidade de acabar com ele. Nossas peças nada têm de ofensivas, e o teor de suas críticas empalidece frente às copiosas afirmações dos livros sagrados de que ateus são odiosos, cruéis, maus e devem ser eliminados. Existe um duplo padrão em ação aqui", diz Daniel Sottomaior, presidente da Atea.
As campanhas veiculadas em ônibus com mensagens ateias tiveram início no Reino Unido em 2009 e desde então se espalharam por outros países.
A empresa de publicidade Fast Mídia, de Salvador, informou que a desistência no negócio ocorreu exclusivamente porque as peças publicitárias vão de encontro à lei municipal que regulamenta o setor.
O representante da empresa, que preferiu se identificar apenas como Amaral, disse que enviou uma minuta de contrato para a Atea apenas para análise dos termos e que recebeu, para o mesmo objetivo, as peças publicitárias.
"Acreditamos que as peças contrariavam a Lei, principalmente em trechos como os que citavam como mitos os deuses hindu, cristão e palestino" diz Amaral.
O artigo 15º da lei municipal 12.640/2000, ao qual a Fast Mídia se refere, diz que é proibida a exibição de anúncio que favoreça ou estimule qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial, sexual, social ou religiosa.
Comentários
Thomaz Zanetti - Lamentável a postura da empresa de mídia. As peças não discriminavam nenhuma crendisse, apenas alegavam que religião não define caráter. E que todos somos ateus com os deuses alheios. Alguma mentira? Alguma ofensa ou descriminação? Lamentável...
Icaro Henrique de Abreu Monteiro - Como assim, vai falar pro Einstein ou pro Santos Dummont que a fé impede. A fé é definitivamente um motor e olha que não estou falando de religião. Acho bacana a atitude dos caras, mas o redator tem que estudar um pouco de filosofia pra não falar besteiras.