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71% das pessoas que têm, não usam ecobags
Poucas pessoas usam efetivamente suas ecobags. Pelo menos é isso que mostra pesquisa realizada no litoral paulista, em supermercados, lojas, livrarias, farmácias, quitandas, entre outros, pela Gatto de Rua, confecção especializada em soluções têxteis.
Da amostragem, apenas 34% possuem as sacolas ecológicas. Destas, 71% não as estavam utilizando na hora da compra. Os principais motivos apresentados foram: esquecimento, pouca praticidade para carregar a ecobag e a opção de alguns consumidores em reciclagem das sacolas plásticas para outros fins.
"Embora tenha havido um avanço considerável na conscientização ambiental, os consumidores compram as sacolas ecológicas, mas, infelizmente, a utilizam mais como um acessório para passeio do que como medida de preservação ambiental", explica Elaine Guapo, diretora de marketing da Gatto de Rua, empresa patenteadora da Bag Market.
Cabe às empresas desenvolver produtos que sejam práticos, maleáveis e de fácil utilização para os consumidores Não adianta ter um produto bonito, mas guardado em casa ou no carro, seja pelo seu tamanho e textura, adverte.
Nunca é demais lembrar que no Brasil, são distribuídas mais de 1 bilhão de sacolas plásticas por mês nos supermercados. Isso equivale a 66 sacolas por pessoa. Cada uma, leva até 300 anos para se decompor e emite diversos gases poluentes durante o processo de fabricação. Com as chuvas, essas sacolas são responsáveis pelo entupimento de encanamentos, bueiros e pelo agravamento dos alagamentos, além de poluírem rios, lagos, mares, e também contribuírem para a morte de diversas espécies de animais aquáticos e terrestres.
Proibir é a solução?
Quanto a não adesão ao uso, os dados mostraram que se deve ao fato de os consumidores utilizarem as sacolas plásticas: em latas de lixos; para recolher dejetos de animais; e para transportar objetos quando vão à praia (como toalhas, roupas e guarda-chuvas molhados, livros, etc.).
A pesquisa informa que em cidades onde foram adotadas medidas para proibir ou coibir a utilização de sacolas plásticas, e a população colaborou, o número de adesões é significativo. Em Xanxerê, por exemplo, cidade de 42 mil habitantes no interior de Santa Catarina, por iniciativa da própria população, pois não há legislação específica, conseguiu-se cortar 91% do uso dos sacos desde abril de 2009, quando os supermercados passaram a cobrar pelas sacolas plásticas: R$ 0,50 por cada embalagem com cinco.
O levantamento foi realizado com 1.064 pessoas, entre 19 a 30 de julho de 2010 em diversos estabelecimentos