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Sustentabilidade na F1

Lewis Hamilton defende + ações ambientais

13.11.19

Hexacampeão de Fórmula 1, o inglês Lewis Hamilton chegou a São Paulo, onde disputará o GP Brasil, um dia depois de a FIA ter anunciado um plano de sustentabilidade para reduzir a zero as emissões de carbono da categoria até 2030. O movimento da entidade máxima do automobilismo - que contou com ajuda de especialistas e apoio das escuderias - também mira os eventos e as provas do calendário de corridas, com a meta de torná-los sustentáveis até 2025.

Hamilton, que é vegano e é dono de uma rede de fast food vegana (Neat Burger), já se manifestava fortemente a respeito da necessidade de a Fórmula 1 ser mais sustentável. Para o piloto da Mercedes, o objetivo é essencial. Mas ele comentou, em tom humorado, que até 2030 não estará mais disputando provas.

Entre as medidas da FIA, está a retirada de plásticos de componentes dos carros e a reciclagem de lixo e a eliminação de plásticos descartáveis dos eventos. “A F1 pode fazer muita coisa pela sustentabilidade”, disse Hamilton em evento organizado pela Petronas, parceira e patrocinadora da equipe. “A gente viaja bastante de uma prova a outra. Há muito desperdício durante os finais de semana de corrida. É enorme a quantidade de plástico”, criticou.

O piloto inglês tem adotado medidas no seu dia a dia para preservar mais o ambiente e gostaria que o plástico fosse menos utilizado no cotidiano. Em seu escritório e em sua casa, o produto descartável foi abolido.

Ele disse que pretende fazer algo massivo que gere impacto positivo no mundo. Admirador de Nelson Mandela, que é exemplo de quem enfrentou grandes obstáculos e ainda assim se transformou em líder inspirador, Hamilton quer ajudar crianças que vivem em situações de dificuldades a superar obstáculos. Mas, por enquanto, o hexacampeão ainda não materializou que projeto pretende tocar para proporcionar o impacto pretendido.

De todo modo, sua posição ambientalista é firme. Informado sobre os planos do governo federal em transferir o GP Brasil para o Rio, em um autódromo que seria construído em Deodoro, Hamilton disse que o país deve ter outras prioridades para investir os recursos que seriam usados nessa transferência, caso de programas de educação. Além disso, ao saber que uma área seria desmatada, declarou que, se for para derrubar árvores, ele já é contra o projeto. “O dinheiro pode ir para outras causas. Temos de preservar as florestas e o Brasil tem matas incríveis”.

Fã de Ayrton Senna, ele defendeu a manutenção do GP em Interlagos, um circuito em que “sente a presença” do piloto brasileiro. “Não acho mudanças algo ruim, mas amo Interlagos. E gosto de coisas clássicas também. Interlagos é uma corrida clássica”.

Parceria e apoio para a Fundação Gol de Letra

A Petronas, que passará a trabalhar com distribuidores no Brasil em 2020, celebrou com o piloto a conquista do campeonato deste ano, que aconteceu no Grande Prêmio dos Estados Unidos, no dia 03 passado. Questionado se partirá para superar a marca de Michael Schumacher, que tem sete títulos, o inglês disse que vive o presente. Mas que ama correr, que considera um hobby, não um trabalho. Para o ano que vem, pretende partir para mais um título, porém reconhece que será um trabalho difícil, já que acredita em grandes disputas em 2020.

Depois, Hamilton entregou uma quantia não revelada à Fundação Gol de Letra, mas que foi doada pela Petronas. A proposta da empresa é contribuir com projetos de educação. No ato esteve presente o ex-jogador Raí, fundador da entidade, que completa 20 anos.

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