Telemarketing

Não é todo mundo que gosta de receber, em casa ou no celular, ligações de empresas de telemarketing. Melhor dizendo, quase ninguém gosta.

Em São Paulo, a Assembléia Legislativa discute uma lei que pode dar ao consumidor a opção de decidir se quer ou não ser encontrado pelos televendedores.

Esses insistentes telefonemas podem passar a custar caro aos donos das empresas que contratam esse tipo de serviço.

O projeto de lei que tramita na Assembléia prevê a criação de um cadastro anti-telemarketing, formado por consumidores que não querem ser importunados por televendedores. Aos moldes do norte-americano Do Not Call Me.

O cadastro será elaborado em parceria com o Procon. De acordo com o projeto, o consumidor poderá ligar para o órgão e inscrever seu telefone na lista, que será repassada às empresas de telemarketing. Quem desrespeitar a lei pagará multa de R$ 10 mil por ligação.

Alívio para muitos consumidores, temor pra quem está do outro lado da linha, uma vez aprovado, o projeto de lei pode deixar boa parte de um setor em ascensão falando sozinho. Os empresários acreditam que com menos números de telefone pra ligar, o mercado de telemarketing em São Paulo pode parar de crescer ou ate encolher.

No ano passado, as empresas de call center, que empregam 750 mil pessoas, cresceram 10%.

Há quem seja a favor da lei afirmando que a partir de então às empresas de telemarketing irão direcionar seus recursos para contatos efetivos com pessoas que querem ser contatadas. E não vão mais dispersar tempo e dinheiro incomodando pessoas que não querem ser contatadas.

Além de tudo, o nível de atendimento tenderia a melhorar.

Projeto de Lei parecido já foi aprovado no Distrito Federal e entra em vigor em setembro.

O nome da lei, que abrange telefones fixos e celulares, não deixa dúvidas: "Não me importune".

Com infos do Jornal da Globo