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Fernando Meirelles em novo projeto
Fernando Meirelles deu início na semana passada às gravações de "Som e Fúria", seu novo projeto para a TV Globo, sobre uma companhia de teatro que monta peças de Shakespeare. A estréia está prevista para 2009. Trata-se da adaptação de um programa canadense que mostrará um grupo montando "Hamlet", "Sonhos de uma Noite de Verão", "Romeu e Julieta" e "Macbeth".
O cenário da minissérie --que conta com Andréa Beltrão, Daniel de Oliveira, Chris Couto, Felipe Camargo, Pedro Paulo Rangel e Maria Flor, entre outros atores-- é o Theatro Municipal de São Paulo.
O próximo longa de Meirelles também será relacionado a Shakespeare. Ele passa a trabalhar no projeto depois da estréia de "Ensaio sobre a Cegueira", em setembro. O livro de Jorge Furtado "Trabalhos de Amor Perdidos", uma adaptação livre da obra de mesmo nome do poeta inglês, deve ser rodado em 2009 pelo diretor paulistano.
"Shakespeare é droga pesada. Quanto mais você lê mais você quer ler. Cada linha tem poesia, filosofia, uma profunda compreensão do que nós somos", afirmou o diretor.
Meirelles deu entrevista à Folha, onde falou desses dois assuntos, e também sobre a concorrência que a Globo enfrenta, sobre o ministro Gilmar Mendes e sobre seu voto nas próximas eleições (ainda indefinido).
"Quando uma emissora se movimenta, a outra é obrigada a se movimentar. Embora pareça ruim para a Globo [problemas com ibope], é bom porque ela passa a buscar novos formatos. É um sofrimento positivo, e quem ganha é o público. A gente está fazendo essa minissérie pensando em audiência, claro, é TV. Mas sei que a concorrência não é mole", disse o cineasta.
Relembrando Ernesto Varela, repórter irreverente interpretado por Marcelo Tas, do qual Meirelles era o Cinegrafista, disse:
"Varela tinha uma liberdade que hoje, nem que queira, não se pode ter. A gente não pedia autorização, ninguém tinha que assinar nada. Hoje, toda semana o 'Pânico' é processado. É tudo com direito [autoral], contrato. Aparece alguém na rua tem que pedir autorização. A gente não conseguiria fazer aquelas coisas com essa invasão de advogados em nossa vida, como existe hoje".
O diretor disse ainda que a operação Satiagraha acaba sendo uma boa novela: " O Gilmar Mendes dá um vilão sensacional", falou.
Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.