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Entrada de teles não aumentará serviços, diz ABTA
A decisão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de permitir a entrada das teles no mercado de TV a cabo e liberar novas licenças onde hoje não existe o serviço não vai fazer aumentar o número de empresas nesse segmento, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (02) pela ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) feito por dois especialistas em concorrência da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Segundo o estudo, municípios com menos de 108 mil habitantes não possuem escala suficiente para receber nenhuma empresa, informa a Folha.Com.
"Elas continuarão interessadas em lugares com alto poder aquisitivo que, em geral, já possuem competidores", disse Arthur Barrionuevo, professor da FGV.
As novas regras da Anatel, que devem entrar em vigor no final do primeiro semestre de 2011, farão com que 3 milhões de habitantes passem a ter o serviço de TV paga.
O número representa menos de 15% do total de brasileiros desatendidos por empresas de TV por assinatura atualmente, segundo os especialistas.
Ainda de acordo com eles, os outros 18 milhões continuariam sem serviços de TV a cabo.
Nesse universo não entram os 45 milhões de habitantes que vivem em cidades com até 20 mil habitantes e que não foram incluídos no universo da pesquisa.
O presidente da ABTA, Alexandre Annerberg, considera que essa decisão da Anatel atropelou as empresas de cabo e pode permitir que as teles entrem nesse mercado pela "porta de trás" e não pela "porta dianteira".
Annenberg se refere à aprovação do projeto de lei 116, que permitirá a entrada das teles no mercado de TV paga.
Atualmente elas estão proibidas de atuar nesse ramo devido a restrições impostas pela Lei do Cabo. O PL em tramitação irá acabar com a lei do cabo.
Na semana passada, a Anatel aprovou um novo plano de outorgas para a TV paga permitindo a entrada das teles. Annenberg afirmou que não irá recorrer à Justiça caso a regulamentação do Plano de Outorgas da Anatel entre em vigor após a aprovação do PLC 116.
Leia anterior sobre assunto aqui.