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Telinha paga

Entrada de teles ameaça concorrência

18.01.07

A abertura do mercado brasileiro de televisão paga às operadoras locais de telefonia fixa pode extinguir a concorrência no setor, a longo prazo.


A conclusão faz parte de um estudo realizado pela consultoria Frost & Sullivan, para a ABTA (Associação Brasileira de TVs por Assinatura).


A base da conclusão está calcada em pesquisas realizadas em sete países: Bélgica, Chile, Reino Unido, Hong Kong, México, Itália e Estados Unidos. 


O objetivo foi entender os efeitos da entrada das concessionárias locais de telefonia fixa no setor de TV por assinatura brasileiro e qual seria o seu impacto sobre a competição a curto e a longo prazos.


Segundo o estudo, em todos os países analisados, o mercado de TV paga foi aberto somente quando alcançadas as condições igualitárias para competição.

No Brasil, os riscos à competição no longo prazo se caracterizam basicamente por dois fatores, de acordo com a consultoria. Um deles é a diferença entre o faturamento das concessionárias de telefonia e o das operadoras de TV por assinatura, no país, que chega a 12,5 vezes e é a segunda maior entre os países analisados. Além de comparativamente pequenas, as operadoras de cabo, satélite e MMDS brasileiras são muito dependentes das receitas oriundas de TV paga, o que as coloca em situação de maior risco pela entrada das concessionárias de telefonia fixa nesse setor.


A pesquisa diz também que, em todos os países nos quais o segmento de TV por assinatura está aberto à atuação de concessionárias de telefonia fixa, foram seguidas regras e restrições claras, que garantiram a competição justa e impediram a formação de monopólios.


Para estimular a concorrência, a longo prazo, a Frost & Sullivan recomenda iniciar a abertura do setor de TV paga quando houver maior maturidade e condições de competição e quando for permitida a participação de investidores estrangeiros.

As informações são da Folha Online.

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