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Terra de gigantes

Globoplay quer atrair jovens e aumentar público masculino

30.10.25

Comparando o mercado de streaming no Brasil a uma “terra de gigantes", a Globoplay, que completa 10 anos no próximo dia 3, apresentou nesta quarta-feira (29), em São Paulo, um resumo de suas estratégias de conteúdo e negócios para 2026.

Engajamento de audiência, impulsionamento de marcas, produções originais e aumento do público jovem e masculino são o foco do planejamento.

“Estamos felizes com o tamanho que chegamos após uma década de atuação", diz Julia Rueff, diretora-executiva da plataforma, ao apresentar números que colocam, segundo ela, o serviço de streaming em posição de relevância na competição marcada por gigantismo. “Chegar a esses resultados em um ano tão emblemático reforça a solidez da nossa estratégia, construída sobre três pilares fundamentais: conteúdo, distribuição e publicidade”, avalia Julia.

Ela afirma que a Globoplay ‘tem o maior engajamento” do mercado, com 30 milhões de usuários mensais ativos, segundo dados da Kantar, que dedicam diariamente 2 horas e 9 minutos ao conteúdo oferecido pelo serviço de streaming. O segundo lugar aparece com 1 hora e 50 minutos e o terceiro, com 1 hora e 48 minutos.

Julia também ressalta as taxas de crescimento da audiência, que registrou aumento de 42% no ano passado com a previsão de crescer 30% em 2025. Ela conta que 2024 totalizou cerca de 4 bilhões de horas assistidas e que 67% delas foram “consumidas ao vivo".

Detalhando as características do Globoplay na “terra de gigantes", Julia afirma que houve um crescimento de 86% do faturamento publicitário em 2024. "Neste ano, haverá novo aumento”, disse sem mencionar referenciais.

A diretora-executiva afirmou ainda que o Globoplay é o “número 1” em impulsionamento de lembrança de marcas, com 5,3 pontos, diante de uma média do mercado de 2,2 pontos. “Temos uma obsessão pela experiência do usuário e do assinante, com uma proposta de valor único e formatos publicitários de alto impacto", diz Julia.

Manuel Belmar, diretor de produtos digitais, finanças, jurídico e infraestrutura da Globo, diz que, desde seu lançamento, a Globoplay “tem o DNA de conexão com as marcas”. “Temos ofertas gratuitas monetizadas por publicidade e a combinação de assinatura mais o espaço para anúncios", descreve.

O aniversário de 10 anos da Globoplay terá uma campanha com o tema "Toda emoção em um só lugar". O filme (veja aqui) tem participação das atrizes Letícia Colin, Dira Paes e Isadora Cruz, com um roteiro sobre a variedade de atrações do streaming.

Conteúdo plural

Tatiana Costa, diretora de gestão de conteúdo de produtos digitais e canais pagos, da Globo, explicou que a curadoria da programação da Globoplay “está a serviço dos desafios do nosso negócio". De acordo com ela, a curadoria se processa a partir de “elementos estratégicos". Um deles é a aquisição, com planos para aumentar a base de audiência e de assinantes, a partir de programas de “amplo alcance”, como realities, novelas e séries originais.

Um outro elemento envolve aspectos demográficos e geográficos do target. “O desafio é atrair o público jovem, expandir o foco fora do eixo Rio-São Paulo e falar mais com o público masculino", ela admite. “Globoplay ainda é muito feminino. 65% do público é mulher, com mais de 35 anos de idade", diz.

Destacando vários trabalhos de grande audiência e prêmios ligados à Globoplay neste ano, principalmente o Oscar para “Ainda estou aqui" - o longa mais assistindo na plataforma -, Tatiana afirma que 2026 terá um “portfólio plural”, com destaque para filmes, reality shows, novelas, microdramas e documentários.

O consumo de nossas produções originais cresceu 39% em 2025, impulsionado por títulos como 'Dias Perfeitos', 'Pablo & Luisão' e 'Guerreiros do Sol'”, ressalta a diretora de conteúdo de produtos digitais.

Segundo ela, há no momento, 171 produtoras “pensando em conteúdo com a gente". A previsão é produzir 10 microdramas, 12 documentários, uma novela original e oito séries “premium".

Entre as novidades, a diretora revelou uma parceria internacional com o roteirista Ron Leshem, criador da série "Euphoria", para uma nova produção original, intitulada "Paranoia", que abordará temas como deep fake, inteligência artificial, saúde mental e realidades virtuais; e uma nova série em parceria com o autor Raphael Montes, de “Dias Perfeitos” e "Beleza Fatal", inspirada no livro “Uma mulher no escuro", também de sua autoria.

Outros lançamentos previstos para este ano são a quarta temporada de "Arcanjo Renegado", a série "Poderosas do Serrado", os documentários "Cazuza – Além da Música" e "Neguinho da Beija-Flor – Soberano da Avenida", a quarta temporada do reality "Túnel do Amor", o dorama "Véspera", a versão turca de "Avenida Brasil" ("Leyla") e o primeiro microdrama "Cinderela e o Segredo do Pobre Milionário".

Para 2026, estão previstos mais de 40 títulos originais. “No próximo ano chegaremos à publicação de 100 documentários originais na plataforma.

Marcello Queiroz

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