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TikTok x Trump

Oracle pode fazer parceria nos EUA; proposta da Microsoft é rejeitada

14.09.20

Com o prazo para definir seu futuro nos EUA se fechando, o TikTok pode selar seu destino com a Oracle. Ao menos, os primeiros passos nesse sentido foram dados. O presidente Donald Trump havia determinado esta terça-feira, 15, como data-limite para o aplicativo, que pertence à chinesa ByteDance, acertar sua venda para alguma empresa norte-americana.

A Microsoft - que manifestou seu interesse tão logo Trump ameaçou banir o aplicativo do país (leia aqui e aqui) - teve sua oferta rejeitada pela ByteDance no domingo 13. Estavam em negociação os controles da operação em quatro países: EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Chegou-se até a aventar a possibilidade de a gigante tecnológica adquirir a operação globalmente. Mas esse plano não foi confirmado. Além disso, a Microsoft obteve o reforço do Walmart no projeto.

A recusa foi informada pela empresa em seu blog oficial.Nossa proposta teria sido boa para os usuários do TikTok, ao mesmo tempo em que o objetivo era proteger os interesses de segurança nacional", esclareceu a companhia.

Junto com um grupo de investidores, a Oracle teria avançado nas tratativas com os chineses para um modelo de negócio que não seria de venda direta, aponta o Wall Street Journal. A companhia americana seria anunciada como “parceira confiável de tecnologia”. As primeiras informações sobre o movimento da Oracle indicavam que ela pretendia adquirir também as operações do TikTok nos mesmos quatro países pretendidos pela Microsoft.

De acordo com o WSJ, o passo seguinte é ter a proposta aprovada pela Casa Branca e pelo Comitê de Investimento Estrangeiro dos EUA. Fontes ouvidas pelo jornal acreditam que o acordo com a Oracle satisfaz as preocupações em torno da segurança de dados, tema que tem provocado tensão entre os governos norte-americano e chinês.

Segundo a Reuters reportou nesta segunda-feira, 14, a história seria ainda mais complexa. A ByteDance, de fato, não venderia sua operação. E ela também não forneceria o código-fonte da plataforma a nenhuma empresa dos EUA. A informação é de um canal de TV estatal chinês que transmite em inglês, o CGTN.

De acordo com a Reuters, a ByteDance teria decidido buscar a parceria na esperança de evitar a proibição dos EUA enquanto apaziguava o governo chinês. Na sexta-feira 11, a agência de notícias reportou que as autoridades chinesas preferem que o aplicativo seja proibido nos EUA a ver a venda forçada do negócio. Isso demonstraria, na avaliação do governo, que a ByteDance e a China são fracas diante da pressão de Washington.

Vale lembrar que o TikTok entrou com um processo contra o governo Trump na justiça norte-americana (mais detalhes aqui). "Sentimos que não tínhamos escolha a não ser tomar medidas para proteger nossos direitos e os direitos de nossa comunidade e de nossos funcionários”, publicou a companhia em seu blog na ocasião. De acordo com a empresa, 100 milhões de americanos recorrem ao aplicativo em busca de entretenimento, inspiração e conexão.

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