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Agências se movimentam por Sadia e Perdigão
Os principais sócios da Sadia e da Perdigão chegaram a um acordo na noite desta quarta-feira (13) para unir as duas empresas, mas até às 23 horas não haviam assinado contrato, segundo informa o jornal O Estado de S.Paulo.
A expectativa é de que isso aconteça nesta quinta (14) ou sexta-feira (15) e o negócio seja anunciado no máximo até segunda-feira (18).
De acordo com o Estadão, o contrato só não foi assinado por conta de exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável pela fiscalização das companhias de capital aberto.
As exigências foram feitas na tarde desta quarta (13), durante visita de Luiz Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia, e de Nildemar Secches, presidente do Conselho de Administração da Perdigão, à sede da CVM, no Rio de Janeiro.
Advogados das duas empresas tiveram de rever cláusulas dos contratos para se adequar às regras.
Embora o contrato não tenha sido assinado, as duas empresas dão como certa a operação.
O acordo básico prevê uma troca de ações entre as duas companhias.
No resultado final, a Perdigão ficaria com cerca de 70% do capital total, e a Sadia, com 30%.
Assinado o contrato, os representantes das duas empresas passarão a discutir a estratégia para a nova empresa.
Já se sabe que no exterior deve ser aproveitada a marca Sadia, que é forte em muitos mercados, como Rússia e Oriente Médio.
No Brasil, sobretudo em alguns segmentos nos quais as duas marcas competem frente a frente, não há indicação de qual marca vai se sobrepor.
Há mercados em que a competição das linhas de produtos similares é acirrada, por exemplo, no caso de linguiças, que movimenta R$ 2,7 bilhões. A Sadia detém 25% de participação no segmento e a Perdigão, 21%.
Há alguns meses, quando se intensificaram os rumores da fusão, as agências publicitárias que atendem as duas empresas começaram a se movimentar.
A DPZ, que atende a Sadia, chegou a fazer estudos sobre a associação das marcas.
A Y&R, de Perdigão, preparou uma ação de marketing para mudar a assinatura da companhia.
A empresa está investindo R$ 15 milhões para comunicar "Perdigão. Se é do coração, é de verdade".
Mesmo diante do acordo que levará à fusão com sua grande concorrente Sadia, a Perdigão preferiu manter a programação de mídia e vai estrear no domingo (17) quatro diferentes comerciais (em breve no Clubeonline).
Demonstra, assim, disposição de resguardar sua marca num momento crucial.
Nenhum consultor arrisca dizer qual delas - se a Perdigão ou a Sadia - vai prevalecer após a união das duas megaempresas.
"A Sadia se posiciona junto ao consumidor como sinônimo de qualidade e saúde. É quase uma Nestlé na escala de referência das marcas de alimentos para o público em geral", diz Alejandro Pinedo, diretor da Interbrand, empresa especializada em estudos de marcas.
"Já a Perdigão tem uma imagem de maior agressividade, o que é bem típico dos que perseguem a líder."
No que diz respeito à publicidade, a rixa entre as duas companhias é permanente.
Nas próximas semanas, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) se reúne para avaliar uma queixa da Sadia contra a Perdigão.
A primeira diz que segunda não poderia ter feito uma campanha no Sul do país para vender a sua linha de Pizza, fazendo uma brincadeira com a letra P, de Pizza e também de Perdigão.
A Sadia se considera dona da ideia já que, há mais de uma década, começou a vender linguiça fazendo o produto virar um S (de Sadia) na frigideira.
Os conselheiros do Conar vão decidir a quem cabe o direito do uso da brincadeira.
Com informações do jornal O Estado de S.Paulo, leia na íntegra aqui.