Como preparar o profissional de mídia de hoje - que vive em meio à popularização dos novos canais tecnológicos de informação - para atuar no mercado de amanhã? Esse foi o grande questionamento da comissão "As novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia", que aconteceu na tarde da terça-feira (29), durante o V Congresso da Indústria da Comunicação.
O painel foi presidido por Luiz Fernando Vieira (Grupo de Mídia e Africa) e reuniu Paulo Camossa (AlmapBBDO), Daniel Chalfon (Loducca), Luciano Huck (TV Globo), Fernando Chacon (Itaú) e Flávio Rezende (DPZ).
As novas mídias criam novos hábitos de consumo não só nos mais jovens, mas também nas outras gerações, defendeu Camossa. Hoje, esses meios trazem mais liberdade e os profissionais, que antes lidavam com poucos canais e poucas submarcas, encontram um universo mais complexo. Por outro lado, esse cenário facilita a mensuraração de resultados.
Para Vieira, profissionais brasileiros estão aptos a lidar com as novas mídias, mas precisam compreender as ferramentas e as mudanças nos meios de informação. É necessário imergir no assunto e se transformar em consultor dos clientes, oferecendo assim planejamento mais adequado.
O apresentador Luciano Huck conta que passou a usar o Twitter e o Facebook há mais ou menos três anos. Na emissora, as redes sociais eram um assunto velado, não entendiam muito bem para onde ia, como poderia influenciar. Hoje, complementa a programação, disse. E o que sempre vai valer, independentemente do canal, é a qualidade do conteúdo, completou.
As teses do grupo defendem que o profissional de mídia deva estar preparado para as mudanças, principalmente na forma de se relacionar com o mercado e consumidores, já que eles deixam de ser divididos por nicho, mas sim por hábitos de consumo.
A comissão também constatou que, além de responsabilidade e ética, o conhecimento global das ferramentas e dos novos canais de informação tornou-se mais que necessário, principalmente na forma como serão integrados.
Os integrantes também defendem que haja no mercado uma nova forma de enxergar as tendências e a movimentação do setor, não apenas no que se relaciona às tecnologias, mas também às formas de consumo, que estão mudando rapidamente.
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