‘Vadia’

O programa de rádio de maior audiência dos EUA está sofrendo um boicote por parte de anunciantes, depois que seu apresentador, Rush Limbaugh, chamou uma estudante de "vadia".

Nem um pedido de desculpas do apresentador foi suficiente para evitar a saída de anunciantes do programa.

A polêmica começou quando o radialista criticou a estudante de direito Sandra Fluke, da Universidade de Georgetown, depois de ela ter defendido, em uma audiência pública no Congresso, que os planos de saúde cubram os custos com anticoncepcionais.

O programa de Rush Limbaugh é transmitido por 590 estações de rádio em todo o país e ouvido, em média, por 15 milhões de norte-americanos.

Limbaugh disse que Sandra Fluke quer que os contribuintes paguem para que ela faça sexo. Ele disse aos seus ouvintes: "O que isso faz dela? Isso faz dela uma vadia, certo? Isso faz dela uma prostituta".

Na sexta-feira, o presidente americano, Barack Obama, que enfrentará os republicanos nas urnas em novembro, telefonou para Sandra Fluke para manifestar seu apoio à estudante.

Internautas começaram campanha nas redes sociais, sobretudo no Twitter, com a hashtag #BoycottRush exigindo que anunciantes deixem de patrocinar o programa de rádio.

"Os comentários recentes de Limbaugh foram além do discurso político, com ataques pessoais que não refletem os valores da nossa empresa", afirmou, em um comunicado, a floricultura ProFlowers, ao anunciar sua adesão ao boicote.

No sábado (03), o apresentador divulgou uma nota escrita, afirmando que sua "escolha de palavras não foi a melhor, e em uma tentativa de ser engraçado, eu criei uma comoção nacional. Eu sinceramente peço desculpas à senhora Fluke pela insultante escolha de palavras", afirma Limbaugh, na nota.

No entanto, o pedido de desculpas não impediu a saída de ainda mais anunciantes. Nesta segunda-feira (05), o grupo de serviços legais Tax Resolution e o portal AOL tornaram-se respectivamente o oitavo e nono anunciantes a aderir ao boicote.

Uma estação de rádio no Estado do Havaí, a KPUA-AM 670, tornou-se a primeira do país a retirar o programa de Limbaugh de sua grade.

A Clear Channel, empresa que distribui o programa de Limbaugh para diversas rádios nos EUA, afirmou que pretende defender a liberdade de expressão do seu radialista, e continuará vendendo o programa.

As informações são da BBC Brasil, citadas pelo Estadão.

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Juan - É o Rafinha Bastos americano?