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White paper da 4As

O que as agências devem saber a respeito de ESG

28.02.23

Consta que o termo ESG (acrônimo de Environmental, Social & Governance) apareceu primeiro em um relatório de 2005. Embora tenha surgido na esfera financeira, ele hoje abrange diferentes campos e atrai a atenção de profissionais de áreas variadas. Sua complexidade, porém, desafia as empresas. Afinal, existem no mundo cerca de 600 frameworks (sistemas que padronizam relatórios), tipos de relatórios e métricas e plataformas em torno do conceito. É o que aponta um white paper da 4As (American Advertising Agencies Association) divulgado recentemente.

A entidade destaca para as agências o que elas precisam saber de ESG, suas métricas, estruturas e maneiras de reportar. Segundo a associação, é cada vez mais importante que as agências conheçam as escolhas que têm pela frente e que entendam o que desejam seus clientes, o que pode abrir oportunidades para o mercado.

O documento se divide em três temas importantes: os provedores de relatórios de ratings, os frameworks de ESG, e as plataformas para relatar as atividades ligadas ao conceito.

Os provedores são empresas de investimento que classificam o ESG de uma companhia em relação a um conjunto de métricas específicas. Nesse trabalho, porém, não se usa um conjunto comum de métricas, o que gera divergências na comparação dos serviços. Entre esses provedores estão empresas como Refinitiv, Bloomberg, MSCI, S&P Global, Sustainanalytics e Moody's.

Dado o desenvolvimento do setor e do interesse de companhias de capital aberto, é possível que, futuramente, agências que trabalham para clientes com esse perfil tenham também de apresentar métricas do desempenho ESG.

Em relação aos frameworks, o white paper da entidade indica que, apesar de existirem diversas estruturas em função do país ou da indústria, por exemplo, as agências nos EUA têm utilizado principalmente quatro: Global Reporting Initiative (GRI), Sustainability Accounting Standards Board (SASB), United Nations Global Compact (UNGC) e o Task Force on Climate-related Financial Disclosures.

Quanto às plataformas, há uma ampla variedade de softwares que surgiram para facilitar o compartilhamento de dados e de relatórios de métricas. É difícil saber quantos players realmente existem.

Segundo o documento da 4As, algumas plataformas oferecem questionários mais personalizados que buscam estabelecer as atuais práticas ESG de uma companhia e também recomendam caminhos para melhorias. Outras estão mais direcionadas para a inserção de dados, fazendo com que essas informações sejam facilmente compartilhadas com terceiros.

Dentre as dezenas de plataformas disponíveis no mercado, há duas mais utilizadas pelas agências dos EUA, que seguem solicitações dos clientes: EcoVadis e Carbon Disclosure Project (CDP).

A primeira avalia quatro fatores principais: meio ambiente, trabalho & direitos humanos, ética e procurement sustentável. A EcoVadis informa trabalhar com mais de 100 mil corporações de mais de 175 países, abrangendo 200 setores diferentes.

Já o CDP é uma organização que atende investidores, cidades, empresas e regiões para gerenciar o impacto ambiental. São mais de 3.700 companhias norte-americanas e 18,7 mil no mundo que recorrem à plataforma do CDP para divulgar suas atividades nas áreas de mudança climática, preservação de florestas e segurança hídrica.

Baixe o paper completo a partir daqui.

White paper da 4As

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