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Mercado

Telefónica oferece € 3 bi pela Vivo

10.07.07

A espanhola Telefónica ofereceu € 3 bihões (US$ 4,08 bilhões) pela Vivo. A empresa deu até agosto para a Portugal Telecom responder se aceita vender fatia da operadora, diz o britânico Financial Times.


O objetivo é conseguir o controle total da Vivo, maior operadora de telefonia celular do país. Hoje, espanhóis e portugueses dividem meio a meio o controle da Vivo.


O presidente mundial da Telefónica, Cesar Alierta, manifestou  interesse na compra da participação do sócio português na empresa brasileira, mas não precisou o valor da oferta.


Ainda segundo o Financial Times, o presidente da Telefónica descartou a compra da Bouygues Telecom, terceira maior operadora de celular na França, e de empresas americanas, como a subsidiária da Deutsche Telekom nos Estados Unidos.


Se a compra da Vivo for fechada, pode ajudar a deflagrar outros negócios e levar ao esperado redesenho do setor de telecomunicações no Brasil. Com o caixa reforçado pela venda da Vivo, a Portugal Telecom poderia participar de uma eventual fusão entre a Brasil Telecom e a Telemar (Grupo Oi).


Já a Telefónica integra o grupo que comprou recentemente o controle da Telecom Italia, dona no Brasil da operadora de celulares TIM. Como ela pode enfrentar problemas com as autoridades brasileiras pela presença em duas operadoras, o controle total da Vivo lhe daria maior presença no mercado brasileiro, o que facilitaria uma eventual venda da TIM.


Na entrevista ao Financial Times, Alierta disse que a Telefónica não tentará fundir a Vivo à TIM porque as autoridades brasileiras seriam contra. Ainda assim, pretende manter uma 'parceria industrial' com a Telecom Italia em alguns negócios. A compra conjunta de equipamentos, por exemplo, poderia render economias de € 500 milhões em quatro anos para as duas empresas.


A Vivo é a maior operadora celular brasileira, com 30 milhões de assinantes. Depois de dois anos de ajustes internos, a empresa conseguiu estancar, em maio, uma sucessão de 48 meses perdendo participação de mercado.



Com infos do jornal O Estado de S. Paulo (matéria de Nilson Brandão Junior, com colaboração de Patrícia Fortunato). Texto na íntegra disponível na internet, só para assinantes. 

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