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Festival do Clube 2018

Vertical first: o exercício de testar novas perspectivas

04.10.18

Toda vez que uma tecnologia ou formato surge, há quem escolha ser early adopter e quem demore algum tempo para entender a nova lógica e só então a incorpore. É o caso dos formatos de vídeo verticais, que foram impulsionados pelo crescimento do Instagram Stories, lançado em agosto de 2016. Junte ao surgimento da ferramenta o ápice dos influencers, a massificação da internet, o crescimento contínuo do acesso ao mobile e temos um caldeirão de novidades nas narrativas, com novos protagonistas e modo de fazer.

Esse “caldeirão” foi abordado no Festival do Clube no painel "Instagram Creators: A construção de novas narrativas no cenário mobile e vertical". No debate estiveram Daniel Bottas, creative strategist do Facebook, o grafiteiro e artista plástico Speto, Camila Cornelsen, fotógrafa, DJ e vocalista da banda Copacabana Club, e  o diretor, roteirista e produtor Marcel Izidoro.

O exercício de pensar no vertical acontece todo dia. Quando comecei a filmar muito com celular, virei ‘a doida dos apps’. Acho que hoje é possível fazer muitas coisas com o aparelho”, afirmou Camila. O interessa dela nos formato Stories está mais associado ao que é “visualmente mais legal”. “O mais bacana é que cada um tem seu jeito de contar histórias. Tenho explorado muita coisa no meu perfil pessoal”, disse.

Pouco fã do vertical em princípio, Marcel Izidoro se rendeu. “Gosto de respeitar o meio e a lógica de consumo. Então, fui convertido ao formato vertical porque é assim que as pessoas veem”, comentou. Segundo ele, ninguém vai virar o celular para ver filmes criados nessa plataforma. Acreditar nisso é ilusão. “Sou eu quem tem de fazê-lo engatar”, explicou. Izidoro está produzindo uma ação com 77 filmetes de 15 segundos cada.

Novidades também mexem com as emoções de Speto. “Eu sigo sem pensar muito no desafio, mas penso em curtir o entusiasmo. Penso pouco na técnica porque se for diferente você corta a criatividade”, revelou. Na visão dele, quando surge algo novo, é o momento de reciclar o que se está fazendo e testar. “Então, qualquer mídia ou situação que se apresente é uma vantagem”, emendou Speto.

A lógica colaborativa também pautou o painel em um apelo feito pelo moderador Daniel Jotta ao público. “O creative shop do Facebook trabalha colaborativamente com agências, clientes, produtores e artistas. Com pessoas comuns”, explicou. É essa mistura, de acordo com ele, que faz o trabalho ficar mais inovador e colaborativo. “Esse é um dos segredos do Instagram. Exercitem isso no seu dia a dia”, emendou.

 

Fotos: Airton Adas

Festival do Clube 2018

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