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Audiovisual gera R$ 26,7 bi no país

Setor é o 5º entre os + relevantes para o PIB

25.11.20

A Ancine divulgou o estudo Valor Adicionado pelo Setor Audiovisual, que mede a relevância econômica do segmento no Brasil e analisa sua evolução ao longo do tempo, fazendo comparações com outras atividades. Os resultados permitem conhecer a contribuição do audiovisual para a geração de renda no país.

Os dados são referentes ao período entre 2015 e 2018. O relatório aponta que, em decorrência da crise econômica, houve queda real do Valor Adicionado pelo setor audiovisual nesses quatros anos: -8,5%, -13,3%, -1,0% e -1,8%, respectivamente. O segmento apresenta um nível maior de volatilidade em comparação aos dados da economia como um todo.

Ainda assim, as atividades econômicas do audiovisual foram diretamente responsáveis por uma geração de renda de R$ 26,7 bilhões em 2018. É o quinto setor dentre os mais relevantes para a economia do país.

É importante observar que a Ancine reporta que o setor perdeu 36% de seu tamanho em comparação a 2014, considerando-se nessa análise o que fazia parte da composição do mercado audiovisual (TV aberta, TV paga, distribuição, exibição, vídeo doméstico, produção e pós-produção). Em termos reais, o tamanho do setor em 2018 é comparável ao de 2007. A partir do ano-base 2015, a agência incluiu no estudo portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet que buscam captar os serviços de VOD.

Sobre as mudanças na composição do Valor Adicionado, o relatório mostra a queda da participação das TVs e o avanço do VOD. Entre 2007 e 2018, a TV Aberta perdeu mais da metade de sua participação nessa conta. O grupo formado por portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet, no qual o VOD e o streaming se destacam, já representa 20,9% do audiovisual (veja gráfico).

O estudo revela que a atividade de “portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet” tem apresentado crescimento extraordinário entre 2015 e 2018, chegando a 290%. A maior parte desse aumento se deu entre 2017 e 2018, sugerindo tendência de continuidade desse avanço.

Posição entre os demais setores

Valor Adicionado, na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “refere-se ao valor que a atividade acrescenta aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo”. Contabilmente, é a diferença entre o valor bruto da produção e o consumo realizado para funcionamento da atividade.

O estudo da Ancine explica que a produção de bens e serviços finais de um país - o PIB, ou Produto Interno Bruto - corresponde ao somatório dos Valores Adicionados pelas diversas atividades econômicas realizadas no país.

Na análise por setores, o audiovisual ocupou o quinto lugar entre os segmentos que mais geraram renda para o Brasil em 2018. A primeira posição coube aos serviços de tecnologia da informação, que movimentou R$ 89,2 bilhões. Com seus R$ 26,7 bilhões, o mercado audiovisual superou o setor farmacêutico e a fabricação de produtos farmoquímicos (R$ 25,3 bilhões) – confira no gráfico da Ancine a comparação com outros segmentos.

O estudo pode ser acessado aqui.

Audiovisual gera R$ 26,7 bi no país

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