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Pride Skill

P&G cria movimento para empregar + profissionais LGBTI+

28.04.21

Em linha com os projetos de cidadania que vem desenvolvendo no país, a P&G Brasil lançou nesta quarta-feira, 28, o movimento Pride Skill, que reúne ainda a Grey e o Fórum de Empresas e Direito LGBTI+ (entidade composta por 108 companhias), em torno do objetivo de aumentar a inclusão de profissionais LGBTI+ nas corporações.

A proposta é levar pessoas LGBTI+ a incluir em seus perfis profissionais o item “pride” entre suas competências. As empresas, por sua vez, podem acrescentá-lo em suas buscas, facilitando a localização de futuros funcionários e colaboradores. A ação conta com um filme, disponível nas principais redes utilizadas pela P&G. O comercial, criado pela Grey, traz o mote Porque ter orgulho de quem você é também é uma skill”.

A iniciativa está materializada em um site que mostra como apoiar o movimento. Foram desenvolvidos filtros e temas para serem adotados no Instagram e no Facebook. Fotos que estiverem com o tema podem ser baixadas para uso no LinkedIn, como sugere o site. O movimento está em tratativas com a rede para que a plataforma também abrace o “Pride Skill” – a incorporação depende de aprovação na sede, nos EUA.

A Grey também estabeleceu uma ação com influenciadores nos próximos dias e trabalhos de conteúdo com depoimentos. Com essas medidas e com a adesão de outras companhias, a P&G pretende levar a uma mudança de pensamento na sociedade.

Luciana Rodrigues, CEO da Grey, destacou alguns números que refletem o tamanho do desafio do movimento. “No Brasil, 61% dos funcionários LGBTI+ optam por esconder sua sexualidade. E 33% das empresas brasileiras afirmam que não contratariam esses profissionais para cargos de chefia”, disse durante o lançamento do Pride Skill.

A presidente da P&G Brasil, Juliana Azevedo, espera conquistar a adesão de outras companhias. “A gente tem consciência de que, para termos mudanças duradouras, precisamos fazer juntos. A P&G quer fazer parte da solução”, disse. No evento, a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) esteve presente.

Questionada sobre o preconceito que existe no mundo corporativo, o que pode levar profissionais a se sentirem prejudicados com exposições, Juliana afirmou que o risco foi ponderado durante o desenvolvimento da iniciativa. Mas ela salientou que as empresas que agem assim são minoria. A ação da maioria pode influenciá-las a mudar. “Nossa decisão foi escancarar o problema. Temos de ser agentes da mudança”.

O Pride Skill está amparado pelo Gable, grupo de afinidade da P&G que existe há 11 anos e tem trabalhado o tema internamente. Além disso, foi fechada uma parceria com o Transpor, uma instituição sem fins lucrativos que está focada na empregabilidade do público trans, promovendo recolocação profissional e capacitação.

Pride Skill

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