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Por conta da pandemia

LBTM em estudo sobre o que mudou nos hábitos de consumo

19.03.20

Com a proliferação do coronavírus, em um cenário em que a sensata recomendação é de que as pessoas fiquem o máximo possível dentro de suas casas, inevitavelmente o comportamento de consumo da população é rapidamente afetado.

Mas o que já mudou? Quais impactos nos hábitos do consumidor podem ser detectados nesses primeiros dias de isolamento por conta da covid-19, no Brasil?

Para responder a esses questionamentos, a Leo Burnett Tailor Made encomendou estudo, realizado com 500 pessoas em todas as regiões brasileiras pela empresa de tecnologia MindMiners

Em relação ao consumo de mídia, 53% dos entrevistados disseram que "aumentaram consideravelmente" a frequência de busca por informação e 82% procuram notícias pelo menos uma vez ao dia.

Além da TV aberta (76%), os sites de notícias (77%) e as redes sociais (64%) desempenham papel central na disseminação de informações sobre o coronavírus, de acordo com o levantamento. No entanto, o público enxerga as mídias sociais como "pouco confiáveis" para informações tão importantes.

O estudo identificou ainda que, depois que souberam do aumento do número de contaminados, os entrevistados afirmaram que passaram a tomar algumas atitudes preventivas, como lavar as mãos com mais frequência (68%), usar álcool em gel (63%), ficar mais tempo em casa (44%) e limpar assento/privada (15%).

Essas mudanças de hábito começam a impactar a decisão de compra: produtos de higiene pessoal (30%), de limpeza para a casa (21%) e medicamentos (14%) lideram o ranking de categorias mais procuradas, segundo os consumidores, que informam que houve uma busca maior por álcool em gel (83%), sabonetes líquidos (56%), desinfetantes (45%) e papel higiênico (38%).

Foi detectado ainda um aumento de 45,8% no consumo de produtos não perecíveis entre pessoas com mais de 36 anos, e de 24% entre aqueles com faixa etária menor.

Por outro lado, como reflexo da alta do dólar, o estudo captou uma diminuição de intenção de compra de bebidas importadas (57%), alimentos importados (49%) e bebidas alcoólicas (45%).

O levantamento apurou ainda que a principal preocupação das pessoas em meio à pandemia está relacionada ao impacto do coronavírus na economia no Brasil e no mundo (52%) - índice maior do que aqueles que temem que amigos e familiares contraiam a doença (48%). Em terceiro lugar como maior preocupação aparece a possibilidade de falta de produtos nos supermercados (45%).

Por outro lado, mesmo diante dos temores, até o momento uma parte considerável dos entrevistados ainda não adotou as medidas indicadas para conter o surto - 48% revelaram que ainda não estão evitando sair para restaurantes/bares/baladas; utilizar transportes públicos; ir a eventos de trabalho ou estudo, reuniões com amigos e familiares e a eventos musicais/artísticos.

Com a perspectiva de aumento no número de pessoas contaminadas com o coronavírus, "muita coisa ainda vai mudar", adverte o estudo, principalmente no que se refere à compra de alimentos e bebidas para enfrentar possíveis dias de quarentena: 41% já adiantaram que pretendem comprar mais alimentos e bebidas, e 27%, cancelar viagens.

As compras pela internet entre os entrevistados cresceram 14%. Quando questionados sobre a próxima semana, o número sobe para 24%. Além disso, 19% pretendem usar mais serviços de delivery.

"A Leo Burnett acredita que sua entrega vai além de propaganda, vendas e marcas, sobretudo para levar uma comunicação sem perder de vista o fundamental: o que é importante para as pessoas. Por isso, neste momento, queremos entender o nível de conhecimento, de preocupação e as ações individuais que estão sendo tomadas pelas pessoas sobre a covid-19, para que possamos atuar de forma mais eficiente na difusão de conhecimento e mensagens", declara Tiago Lara, vp de data & estratégia da agência.

Confira o estudo na íntegra, aqui.

Por conta da pandemia

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