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Crime de racismo

MP pede que loja da Zara seja fechada por 3 meses

24.11.23

Henrique Durães Bernardes, segurança de uma loja da rede Zara no Barra Shopping (RJ), foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pelo crime de racismo. O MPRJ pediu à Justiça que o funcionamento do estabelecimento fosse suspenso por três meses.

A denúncia descreve que o jogador Guilherme Quintino, que já atuou nos times de base do Flamengo e do Botafogo, foi impedido de sair da loja e obrigado a mostrar onde estavam peças que havia decidido não comprar, no dia 18 de junho.

Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização”, argumenta o promotor Alexandre Themístocles.

Não é a primeira vez que a empresa está envolvida em casos de crime de racismo. Em 2021, uma investigação feita pela Polícia Civil do Ceará apurou que a unidade da Zara do Shopping Iguatemi em Fortaleza (CE) criara um "código secreto" - "Zara Zerou" - para funcionários acompanharem pessoas negras ou com "roupas simples" dentro da loja. Antes disso, uma delegada negra havia denunciado ter sido barrada na entrada do mesmo estabelecimento.

Em dezembro do mesmo ano, um cliente negro denunciou que um segurança da loja Zara de um shopping em Salvador (BA) o havia abordado por suspeita de roubo. Segundo testemunhas, o consumidor já tinha deixado a loja, mas os atendentes pediram que voltasse para que o segurança revistasse os pertences dele.

Crime de racismo

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