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Dream Factory

Poste com câmeras irregulares pode ter matado folião

06.02.18

O estudante de engenharia Lucas Antonio Lacerda da Silva, de 22 anos, caiu desacordado após pular uma grade e levar dois choques ao encostar em um poste com sinalização para pedestres e câmeras para observar os foliões, na esquina das ruas da Consolação e Matias Aires, na região central de São Paulo.

Lucas, que tinha se afastado da rua para ir ao banheiro, foi atendido no local, mas não resistiu aos choques que levou. A tragédia ocorreu durante a passagem do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, no final da tarde do domingo (4).

No poste em que Lucas foi eletrocutado haviam sido instaladas na última sexta-feira (2) duas câmeras de segurança da empresa GWA  Systems, para monitorar a passagem do blocos. A empresa foi contratada pela Dream  Factory, que venceu concorrência da gestão João Doria (PSDB) para gerir o patrocínio de R$ 20 milhões do Carnaval de rua da cidade de São Paulo.

Essas duas câmeras foram instaladas de forma irregular, segundo a prefeitura. De acordo com a gestão municipal, não havia autorização para colocá-las no poste da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) nem para ligá-las por meio de fios esticados até um poste de energia, este sob a responsabilidade do Ilume, departamento de iluminação pública da prefeitura.

A DreamFactory disse em nota que somente uma perícia irá confirmar a causa da morte do estudante. A empresa lamenta o ocorrido e afirma estar à disposição da polícia para colaborar com as investigações.

A GWA Systems negou, em nota, que seus equipamentos tenham energizado o poste em que Lucas tocou antes de ser eletrocutado.

Somente um laudo necroscópico da Polícia Técnico-Científica irá apontar o que matou o estudante.

Leia matéria da Folha na íntegra aqui. E do Estadão, aqui.

Leia anterior sobre a escolha da Dream Factory para gerir os patrocínios do Carnaval de rua de SP, aqui.

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