Nos EUA

A FTC (Comissão Federal de Comércio) dos EUA abriu uma investigação antitruste contra a Microsoft. O foco do inquérito está em segmentos estratégicos da big tech como computação em nuvem, Inteligência Artificial e cibersegurança, além de práticas de licenciamento de software.

O processo foi iniciado em um momento complexo da comissão. Lina Khan, chair da FTC e um nome importante entre os movimentos que buscam maior regulação das grandes corporações de tecnologia, deverá deixar seu posto assim que se encerrar a administração Joe Biden.

Para a abertura da investigação foi feita uma análise detalhada sobre como a Microsoft combina seus serviços de cloud computing, como o Azure, com produtos de segurança digital e também com outros produtos populares, caso do Office. Críticos da empresa alegam que ela teria criado barreiras para clientes que desejam usar outros provedores de nuvem, exigindo a compra de licenças adicionais ou aplicando penalidades financeiras.

Essas práticas já foram alvo de reclamações na União Europeia, onde a Microsoft foi acusada de integrar ilegalmente a ferramenta Teams com outros produtos como Excel e Word.

A IA tem chamado a atenção do governo norte-americano. Em janeiro, a FTC iniciou uma ampla investigação sobre parcerias estratégicas entre gigantes da tecnologia e startups, entre elas a da Microsoft com a OpenAI. O Departamento de Justiça dos EUA está de olho na Nvidia. A big tech tem enfrentado críticas por sua influência crescente no mercado de IA: ela incorporou a tecnologia em produtos como seu mecanismo de busca, o Bing.

É provável a nomeação de um novo líder para a FTC. Neste momento, não é possível saber como o inquérito será conduzido a partir da nova administração.