Nota de Falecimento

O pintor e escultor colombiano Fernando Botero morreu nesta sexta-feira (15), aos 91 anos, em sua casa no principado de Mônaco.

O artista teve uma pneumonia e foi tratado num hospital no norte de Itália, onde vivia há décadas, mas pediu para ser transferido e ir para casa nos últimos dias, de acordo com fontes de veículos de comunicação internacionais.

A esposa de Botero, Sophia Vari, que também era artista, morreu há cinco meses.

Nascido em Medellín, em 19 de abril de 1932, o pintor autodidata começou a trabalhar como ilustrador em 1948, aos 16 anos. Foi cenógrafo antes de se mudar para Bogotá, onde realizou sua primeira mostra internacional. Em 1952, foi para Madri (Espanha), onde estudou na Academia de San Fernando. Aprendeu a técnica de afrescos em Florença (Itália).

Voltou para Colômbia em 1955. Após passar um tempo no México, foi morar em Nova York (EUA). Nos anos 1970, passou a dividir seu tempo entre Paris, Madri e Medellín. Tornou-se, nos últimos anos, o pintor vivo mais popular e mais vendido do mundo.

Com cerca de três mil pinturas e mais de 200 esculturas, suas obras são carregadas de críticas sociais. Botero dá nome ao seu próprio estilo, o Boterismo, que envolve o retrato de figuras com grande volume - sejam pessoas, animais ou paisagens, e uma paleta de cores vibrantes e contrastantes, em tons de vermelho, laranja, amarelo e azul.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, lamentou o falecimento nas redes sociais: "Morreu Fernando Botero, o pintor das nossas tradições e dos nossos defeitos, o pintor das nossas virtudes. O pintor da nossa violência e da nossa paz. Da pomba mil vezes descartada e mil vezes colocada no seu trono", escreveu.

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