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O Espaço é Seu

RiR: um olhar criativo no olho do furacão (Rafael Conde)

10.10.19

Quando pensamos em Rock in Rio, a primeira coisa que vem à cabeça são artistas famosos e um evento de grandes proporções onde tudo funciona.

Mas por trás das redes sociais do festival, há um aspecto criativo muito importante. Este ano, pela segunda vez, Artplan NOW fez a cobertura de conteúdo ao vivo, mas dessa vez com um foco especial na parte visual.

Investimos tempo junto aos nossos parceiros para reunir a experiência de profissionais que trabalham há várias edições captando e criando para o Rock in Rio, com um olhar novo e provocador para que essa parceria levasse resultados para um outro patamar. Queríamos subverter a tendência natural do ser humano de usar soluções que sabemos que funcionam com uma audiência que conhecemos tão bem. E usar da forma mais potente possível a experiência do olhar essencial para capturar a emoção do que é o Rock in Rio.

Desde antes do festival, resolvemos criar em todos os detalhes um novo posicionamento visual para a marca nas redes, alinhado com o resto da comunicação, mas que propôs nova solução de enquadramento, cor, animação. Além disso, esse guia gráfico e visual também ia de encontro com a forma como iríamos fazer, pela primeira vez, conteúdo para outras marcas patrocinadoras do festival, como Natura, Heineken e Facebook.

Com isso em mãos e nas máquinas de toda a equipe criativa, durante o evento, em consonância com nosso parceiro de captação – I hate Flash – passamos a ousar nos formatos de captação e edição do conteúdo. As conversas e alinhamentos foram acontecendo em tempo real, a cada dia, a cada edição de vídeo, a cada momento onde sentimos que podíamos arriscar mais, chegar no limite do que o festival consegue nos entregar em termos de ativos de criação.

Outro componente que fez parte importante dessa equação foi a tecnologia. Usamos alguns recursos na nossa cobertura que nos permitiram experimentar em vários sentidos, criando, de verdade, uma nova linguagem para as peças e para o arco narrativo que construímos para este ano.

Câmeras 360º não são uma novidade. Mas foi inovadora a maneira como colocamos este recurso a serviço da experiência. Minimundos foram registrados em lugares e momentos diferentes, passando na imagem muito do sentimento do lugar e do momento. Imagens imersivas foram usadas na atração Nave, da Natura, para passar um pouquinho daquela sensação de reconexão para quem não estava na Cidade do Rock.

Drones são comuns em toda equipe de captação audiovisual. Seus ângulos e possibilidades trouxeram novas formas de registrar eventos. Mas juntar drones de corrida com palcos foi uma novidade. Conseguimos captar toda a intimidade do artista, literalmente voando pelo show, passando por músicos, bailarinos e público. Isso nos deu sequências únicas para shows épicos. Um ponto de vista inédito. Fizemos um vídeo em que a câmera do drone parece mostrar o ponto de vista de um pássaro que pousa na mão do DJ que estava no palco New Dance Order e que, em seguida, segue seu voo, mostrando o público que estava ali, vibrando com o show.

Tudo isso foi sendo reconhecido pela audiência, nas reações e no espantoso engajamento que fomos conseguindo ao longo dos sete dias de festival. E também do feedback positivo vindo de vários parceiros sobre as histórias e conteúdo que fomos desenvolvendo.

De um lado, esse resultado todo tem a ver com o talento da equipe de Conteúdo, liderada pela Renata Cruz, cuja curadoria e precisão na construção das legendas para as imagens, tweets e stories foi crítica para o alcance incrível que os conteúdos tiveram e continuam tendo. E do olhar sensível dos nossos parceiros de captação, que construíram juntos, sob a brilhante gestão da Ana Ourique, uma nova estética para o festival, nessa que foi a maior e melhor cobertura do Rock in Rio de todos os tempos. Muitos desses aprendizados passam agora a fazer parte do nosso repertório para entregas de nosso laboratório de conteúdo, o A-Lab. Não só para Rock in Rio mas para todas as marcas com as quais trabalhamos.

Por outro lado, a possibilidade de planejarmos, com um olhar centralizado, toda a parte de entregas visuais do festival, permitiu a produção de um material criativo consistente, potente e alinhado com todo o resto da comunicação da marca, além de ser extremamente inovador. Agora, ficamos com o desafio complexo para 2021. Vamos ver o que inventar até lá!

Rafael Conde, Head Criativo do A-Lab

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