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Por onde anda o bom humor? (Sophie Schoenburg)
Num dos comentários contrários ao filme de Marisa (leia e assista aqui), a pessoa pergunta quanto vocês pagam para esses caras criarem esse lixo?.
Bem, essa mesma pessoa que considera o comercial machista e sexista não considerou que ele poderia ter sido criado não por um cara, mas por uma mulher.
E por que será que essa pessoa pensa isso?
Porque ela acha que mulheres devem estar em casa, comendo o resto da papinha de seus filhos e engordando 3 quilos por semestre, chegando aos 40 anos com 20 quilos a mais que tinha aos 20.
Ou no máximo de sua ambição, podem estar aprendendo, pelas páginas da revista da mulher emancipada, técnicas infalíveis de pompoarismo para satisfazer e prender o seu macho para sempre.
Sim, a pessoa que vê machismo em tudo é aquela que de fato é.
Assim como a pessoa que vê preconceito em tudo é a mais preconceituosa de todas.
Só quem acha que negro é algo negativo se ofende com essa palavra e pensa que falar afro-qualquer-coisa diminui a carga de preconceito que carrega consigo mesma.
Pois bem, o comercial de Marisa foi criado por uma mulher. Que trabalha de sol a sol ao lado desses caras. E que acredita piamente na força da mulher.
Mas que, ingenuamente, acreditou que as mulheres tinham evoluído o suficiente para rirem de si mesmas.
Mas, não. O humor é uma conquista maior.
As mulheres podem ter conquistado independência financeira, mas não se livraram de seu complexo de inferioridade.
O comercial brinca com a dificuldade de se encontrar um homem.
Não, não me venham dizer que é fácil.
(E antes que falem e as lésbicas?, estou falando da maioria, que ainda é hetero.)
O comercial cria uma estatística fictícia usando tipos de homens que não se encaixam exatamente no modelo de príncipe encantado.
O que me alivia é o fato do comercial também ter sido elogiado. Por homens e mulheres.
Porque, esteja você ou não à procura do par ideal, aprenda: o humor é extremamente sedutor e sexy. E não essa ranhetice vigente que nos invade por todos os lados.
Uma boa gargalhada ainda é um dos mais poderosos afrodisíacos.
Para quem gosta do assunto, claro.
P.S.:
Este texto foi cuspido em dez minutos, com o mero intuito de meu fígado não ser atingido pela minha raiva momentânea.
É um caso isolado, pontual, mas que, acredito, reflita o cenário atual da nossa profissão, em que a maioria se ofende e poucos se divertem.
É isso. Não levem a sério, tá?
Já tem muita gente fazendo isso.
Sophie Schoenburg, redatora da AlmapBBDO