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Fiat Chrysler + Peugeot

Fusão é aprovada; mercado especula fim de 2 das 14 marcas do grupo

05.01.21

A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a Peugeot SA (Groupe PSA) anunciaram nesta segunda-feira, 04, que suas respectivas assembleias de acionistas aprovaram a fusão dos grupos para criar a Stellantis, que se tornará a quarta maior montadora do mundo em número de carros vendidos, com 14 marcas em seu portfólio. A FCA e a PSA devem concluir a combinação no dia 16 de janeiro e a nova holding terá cotação na bolsa de Paris e de Milão dois dias depois e em Nova York em 19 de janeiro.

Com a presidência da montadora a ser exercida por cinco anos pelo português Carlos Tavares, hoje CEO do grupo PSA, a Stellantis terá como desafios as transformações da indústria, o que inclui a eletrificação de carros e os modelos autônomos, os impactos da pandemia sobre o setor e o mercado chinês. A fusão, que vem sendo preparada há algum tempo – os termos do acordo foram revelados em dezembro de 2019 (relembre aqui) –, custará 4 bilhões de euros, de acordo com informações passadas a autoridades financeiras. A nova montadora afirma que as sinergias, feitas ao longo do processo, irão reduzir custos em até 5 bilhões de euros ao ano.

As marcas reunidas são Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram e Vauxhall. No lançamento da logo da nova montadora, em novembro, a Stellantis afirmou que ela expressava a força combinada das 14 marcas do portfólio. A holding esclareceu que nenhuma delas perderia sua identidade.

O site Automotive News Europe, porém, apontou que a performance das vendas no mercado chinês pode determinar o futuro de algumas marcas na região. As vendas da PSA caíram muito nos últimos anos. A FCA, que só disponibiliza a marca Jeep no mercado chinês, também tem visto reduções importantes. Segundo declarações públicas, Carlos Tavares acredita em um novo começo na China, mas o CFO da mesma PSA declarou não ver sentido em manter tantas marcas. Apesar disso, é muito cedo para se saber o que, de fato, acontecerá.

Se oficialmente não há nada a respeito de mudanças no portfólio de marcas e nem de fechamento de fábricas, há rumores do mercado automotivo indicando que esses são caminhos possíveis. Os mais correntes sugerem que Chrysler e Lancia são marcas que podem sumir, já que suas vendas não têm sido satisfatórias.

O que a Stellantis – que existirá apenas como marca corporativa – informa é que plataformas e tecnologias serão compartilhadas entre as marcas. Uma das expectativas é que a experiência dos franceses com carros 100% elétricos se expanda para outros modelos da nova montadora. Veículos compactos também entram na mira em virtude das atuais demandas da indústria, que enfrentam os desafios da mobilidade e da sustentabilidade.

Leia anterior sobre o nome da nova montadora.

Fiat Chrysler + Peugeot

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