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Trabalho escravo

Zara é acusada de descumprir acordo

12.05.15

A grife Zara, do grupo espanhol Inditex, foi autuada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por descumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em novembro de 2011 (leia aqui) para corrigir condições de trabalho análogos ao escravo na cadeia produtiva da empresa.

A superintendência do órgão federal em São Paulo informou que uma auditoria com 67 fornecedores da marca mostrou irregularidades como excessos na jornada de trabalho, atraso nos pagamentos, trabalho infantil e discriminação pela exclusão de imigrantes da produção. Isso pode resultar em multa de mais de R$ 25 milhões.

Em junho de 2011, investigações do MPT e do Ministério do Trabalho descobriram 51 pessoas (incluindo 46 bolivianos) trabalhando em condições degradantes em uma confecção contratada pela Zara em Americana, cidade do interior paulista. No mês seguinte, foram encontrados 14 trabalhadores bolivianos e um peruano em situação análoga à escravidão em duas confecções terceirizadas na cidade de São Paulo.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a empresa continuou a cometer infrações à lei trabalhista e ainda se utilizou das informações da auditoria para excluir imigrantes da produção.

A Inditex informou que está contestando legalmente os autos de infração, pois considera as acusações "infundadas".

Outras tantas grandes empresas verejistas têm sido denunciadas recentemente por se envolverem em casos de trabalho análogo ao escravo no Brasil, dentre elas a M5 Indústria e Comércio Ltda, dona da marca M.Officer. A grife Le Lis Blanc também esteve envolvida em denúncia, bem como a GEP Indústria e Comércio, empresa que detém as marcas Luigi Bertolli, Cori e Emme.

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