Cannes Lions 2016

O Clubeonline apresenta um bate-bola sucinto e objetivo com todos os jurados que irão representar o Brasil no Cannes Lions, este ano.

Acompanhe abaixo o que tem a dizer Ana Balarin, diretora de criação executiva (ECD) da Mother London e jurada de Film Lions. 

1. Nome, cargo e há quantos anos comparece ao Cannes Lions.
Ana Balarin, diretora de criação executiva (ECD), Mother London.
Este será meu segundo ano em Cannes.

2. É sua primeira vez como jurada neste Festival? Qual a importância deste convite?
Achei que fosse passar minha carreira sem ir ao Festival, e na segunda vez já estou participando como jurada. É uma honra para mim e uma grande responsabilidade para a agência.

3. Como você está se preparando para o julgamento?
Acho importante encarar júris sem pesquisa prévia, para evitar ser tendenciosa. Claro que fama e popularidade devem ser levadas em consideração, mas parte da responsabilidade dos jurados é se deixarem surpreender por trabalhos desconhecidos. O único preparo que estou fazendo é mental, para passar uma semana numa sala escura, com a praia logo ali.

4. Já viu trabalhos, nacionais ou internacionais, na sua categoria ou em outras, nos quais aposta?
Em abril julguei o D&AD na mesma categoria (Film), então espero uma certa sobreposição. Mas 2016 está atípico; difícil fazer previsões certeiras como nos últimos anos.

5. De modo geral, quais suas expectativas em relação ao desempenho do Brasil, este ano, no Festival?
Dos festivais internacionais, Cannes é aquele em que o Brasil mais aposta e no qual é mais recompensado. Este ano não será diferente.

6. O Cannes Lions virou um grande Festival, com mais categorias a cada ano e no qual as agências brasileiras investem um grande montante de dinheiro, não só em inscrições, mas também no envio de suas equipes. Você mudaria alguma coisa no Festival, se pudesse?
Para usar o termo do momento, acho que atingimos peak category. Logo terão que criar uma categoria para premiar as agências que inscreveram o trabalho na categoria correta. Espero que no futuro, esta tendência se reverta.

7. Como avalia a qualidade das palestras e a infraestrutura do evento?
Ano passado fiquei impressionada com o tamanho do evento e com o número de atividades não-oficiais que ele atrai. Até gera uma certa ansiedade; sempre parece que você está perdendo algo.

8. O fato de agora haver um grande número de ‘celebridades’ anunciadas dentre os palestrantes te parece um diferencial atraente?
Sempre aconselho estudantes e criativos em início de carreira a procurarem referência fora do mundo da propaganda. Cannes trazer palestrantes de fora da indústria só reforça a noção de que os profissionais de propaganda precisam acolher outras disciplinas para se manterem relevantes no mercado atual.

9. Recomenda alguma palestra nesta edição do Festival?
A palestra da Amani Al-Khatahtbeh, fundadora e editora do MuslimGirl.net. Também gostaria de ver Rashida Jones em conversa com Rob Delaney; e Anna Wintour, como tiete.

Leia anterior, com entrevista com Ricardo John, presidente do júri de Outdoor, aqui.

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