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Festival do CCSP 2013

Blue Man Group entra no Brasil e busca expandir a criatividade

24.09.13


Famoso por seus atores que se apresentam pintados de azul, o Blue Man Group mostrou, durante o Festival do CCSP, como uma simples apresentação teatral em Nova York, na década de 90, se desdobrou até virar um grande grupo de entretenimento global, nos dias de hoje. Um dos segredos desse sucesso está na expansão de sua identidade criativa, que ocorre desde a formação de profissionais até a realização de parcerias com artistas que têm características semelhantes às da companhia. 



Uma dessas parcerias ocorreu, depois da recente entrada oficial da trupe no Brasil, com o grupo musical Monobloco, em ação focada no Carnaval deste ano, no Rio de Janeiro, sendo essa a segunda iniciativa do Blue Man no país.  A primeira foi a contratação de um ‘blue man’ brasileiro para integrar o grupo, por meio do programa Caldeirão do Huck, na Rede Globo. “Muitos me perguntam por que o Brasil. É um país que tem muitas semelhanças com o conceito do grupo e os brasileiros sempre estiveram em nossas apresentações, desde o início, em 1993”, explicou Michael "Puck" Quinn, diretor criativo do Blue Man Group.



“A implementação do projeto no Brasil tem sido uma jornada interessante. É importante ter essa troca de experiências para fortalecer o poder criativo do grupo”, afirmou Fábio Soares, diretor executivo do Blue Man Group no país.



Na apresentação, eles deram detalhes de um método desenvolvido e utilizado pela companhia para identificar os perfis criativos existentes no grupo e na sociedade, de maneira geral. Apresentaram uma série de arquétipos, dentre eles "shaman", "herói", "membro de grupo" e "cientista", criados por eles, aprofundando e facilitando e identificação e percepção da criatividade dentro de cada indivíduo. 



"Cada pessoa se encaixa em um dos seis perfis que identificamos, mas não deve se acomodar em apenas um deles: o ideal é que ela se movimente, conforme o desafio imposto ou a situação vigente. Nesse processo, a combinação e troca de experiências fortalece o poder criativo. Se você se acomoda, tende a perder a faísca que resulta do inesperado, que é um dos princípios da criação". 



Segundo Quinn, a expansão do grupo teve início ainda na década de 90, quando um dos atores da companhia cortou a mão e não pode se apresentar. “A saída foi achar um novo ‘blue man’ e o resultado foi muito bom, pois há muito improviso no nosso trabalho. Diferente de uma Madonna, nós podemos nos multiplicar pelo mundo através de atores que tenham nosso DNA criativo”, comentou.



A preocupação com essa identificação é tamanha que a companhia criou nos Estados Unidos a “Blue School”, escola em que foram inseridas disciplinas de criação de acordo com o perfil do grupo. “É uma instituição de ensino normal, regularizada e que conta com alunos de todas as idades”, finalizou Quinn.



A dupla também deixa claro que o Blue Man entra no Brasil não para impor sua cultura, mas sim para valorizar a cultura brasileira e se mesclar a ela.



Fábio Suzuki



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