arrow_backVoltar

Inovação e colaboração

Em novo endereço, Unilever abre fab lab

02.08.18

Há duas semanas operando em endereço novo, a Unilever Brasil inaugurou nesta quinta-feira, 2, um fab lab, que chamou de Garagem de Inovação. O espaço conta com impressora 3D e estações, como a de realidade virtual, entre outras tecnologias, para que os colaboradores da empresa possam experimentar conceitos e mesmo buscar soluções para algum desafio interno, independentemente da área em que trabalham.

Inovação é um dos pilares que nortearam a criação do novo escritório da Unilever, que completará 90 anos no Brasil em 2019. O espaço (oito andares e nove lajes, como a companhia explica – uma parte da estrutura se estende para o outro lado do prédio em que está instalada) não tem cabeamento, nem telefones - a comunicação é feita via Skype for business. Para uma videoconferência, não é necessário conectar o laptop a um cabo.

Cada andar tem mobiliário e decoração selecionados para tornar mais confortáveis o tempo de permanência no edifício. Que nem precisa ser diário. Hoje, 100% dos funcionários têm flexibilidade para trabalhar. Ou seja, podem fazer home office. Além disso, os andares dispõem de ambientes elaborados como se fossem coworkings. “Nosso plano era ter ambientes colaborativos – o que se verifica desde o coworking até o mobiliário flexível –, com bastante uso de tecnologia – como as telas interativas –, com conectividade e criatividade impulsionada pelo fab lab”, explica Luciana Paganato, vice-presidente de recursos humanos.

Pilares

Entre os pilares da empresa está inovação. Mas a proposta é que a disposição de inovar não se limite ao board. Por isso, foi aberta a Garagem de Inovação, modelo único dentre todas as operações da Unilever no mundo. “Inovação tem de ser feita de maneira difusa. Toda a companhia tem de pensar nisso. Inovação não é só para produto. Pode ser para um processo ou uma etapa. A Unilever entendeu que é preciso mudar a forma de trabalhar”, afirma Eduardo Campanella, vice-presidente de marketing da área de cuidados com a casa.

Cada pilar da companhia tem um líder sênior para comandar as discussões na área. Essa liderança trabalha com um time composto por cerca de quatro pessoas. E essa equipe se responsabiliza por expandir o conceito dentro da empresa. Campanella é líder de disrupção, em que se discutem vários temas contemporâneos.  “Temos claro que o mundo muda muito rapidamente”, diz.

Um exemplo desse modo de pensar foi o lançamento em maio da Lever Up, programa de aceleração de startups. “Fala-se que uma grande companhia não consegue ter a agilidade de uma startup. E uma startup não conta com a capacidade de investimento de uma grande companhia. Essa iniciativa mostra que uma grande companhia pode ser ágil”, completa Campanella. Outro exemplo disruptivo foi a criação de um fundo para inovação para os colaboradores da empresa. Quem tiver um projeto pode apresentar para os responsáveis pelo fundo. Se ele for aprovado, a companhia atua como se fosse uma aceleradora.

Entre as unidades da companhia que se destacam está o Unilever Studio, inaugurado há dois anos no Brasil (o segundo país a adotar essa iniciativa). Hoje são 25 pessoas na área, que funciona como um hub de criação interno. Os profissionais do Studio podem ajudar em algum projeto de inovação ou podem desenvolver uma estratégia de comunicação de forma rápida e com custos reduzidos, como uma série de vídeos curtos.

A gente vê valor nas agências. Uma grande ideia pode vir delas. Mas quando se trata de uma ação mais fragmentada, o Studio tem um custo bastante competitivo. É um time exclusivo da Unilever, que está aqui para trabalhar apenas com as marcas da companhia”, detalha Campanella. Segundo ele, hoje o pensamento que prevalece é “como vou fazer para lançar um projeto rápido no mercado”. Isso quer dizer que a Unilever está disposta a colocar ideias em ação, mesmo que isso dê errado. O importante é aprender com o processo e fazer com que o erro custe pouco.

 

Lena Castellón

Inovação e colaboração

/