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Panorama Covid

Globo aponta mudanças nas emoções e nos hábitos de consumo

04.08.20

Para compartilhar insights apurados pela Globo desde o início da pandemia, a empresa realizou na tarde da segunda-feira (3), o webinar "Panorama Covid – O que vem por aí?", que contou com a participação de representantes de anunciantes e de agências.

A discussão se baseou em uma série de pesquisas e análises sobre os impactos da crise nos diferentes setores da economia, e procurou trazer um olhar sobre como as emoções e hábitos de consumo evoluíram no decorrer do período.

"Nos últimos meses, percebemos que a crise trouxe a oportunidade de compartilharmos ainda mais informações com o mercado, abrindo provocações e dando espaços para troca de ideias e dados sobre as indústrias e a população como um todo. Nosso objetivo é que os insights possam munir quem está na linha de frente da tomada de decisão, especialmente com foco no quarto trimestre do ano", declarou Vitor Vasconcelos, diretor de Inteligência de Mercado da Globo.

"Entendemos, logo na primeira semana de isolamento social, que estávamos vivemos um momento atípico e que precisava ser compreendido em profundidade. Para isso, desenvolvemos uma nova metodologia, de pesquisa constante, para acompanhar o mood da população", informou Fabia Juliasz, diretora de Pesquisa da Globo.

O primeiro painel do webinar, "Eu ouvi Insights?", trouxe Vasconcelos em conversa com os especialistas setoriais Gabriel Nóbrega, Henrique Simões, Rafael Garey e Thiago Mariano.

Confira abaixo alguns dos insights levantados em diferentes setores:

Financeiro: bancos assumiram um papel de protagonismo. Durante a crise, 63% dos brasileiros dizem confiar mais nos bancos tradicionais em relação às suas finanças. Para 34%, essas instituições saem fortalecidas do momento. Com a crise, as pessoas buscam se preservar mais: 60% afirmam que querem se planejar melhor para o futuro.

Telecom: conectividade em alta. Home office tornou possível dar sequência ao trabalho, educação à distância abriu a discussão para ensino híbrido e a telemedicina permitiu perceber que é possível fazer uma primeira consulta, antes da ida ao hospital.

Varejo: 70% das pessoas dizem estar comprando menos por conta das preocupações financeiras. As pessoas identificaram novas necessidades, como as relacionadas aos cuidados com o lar. Datas especiais como Dia dos Pais e "Black Friday" prometem "esquentar" o segundo semestre.

Auto e Alimentos: crescimento de consciência e solidariedade. As classes mais altas e mais baixas estão mais distantes. Nas primeiras, propósito e valores serão drivers de consumo. Nas menos privilegiadas, o preço tem aparecido como fator decisor de compra. Pesquisas mostram, por exemplo, que 55% dos brasileiros trocariam sua marca preferida por uma mais barata e 52% acham que marcas que fazem promoção são "amigas", "parceiras".

Serviços: realidade volátil para startups, especialmente em setores como turismo, mobilidade, educação e delivery. Muitas empresas que tem como core o delivery estão se saindo bem. Já o turismo, passa por esse momento como um dos setores mais afetados. No entanto, já é possível vislumbrar uma melhora e também mudanças nos hábitos, com destaque para força do turismo regional e doméstico.

Já o segundo painel do webinar foi dedicado a apresentar dados de uma pesquisa que ouviu os brasileiros para compreender suas emoções em relação à pandemia. Conduzida por Giani Scarin, gerente de Pesquisa & Insights da Globo, a apresentação destacou que a esperança é um dos sentimentos predominantes, apesar dos medos e incertezas com relação à pandemia e seus efeitos.

Os dados mostram, por exemplo, que apesar do alto índice de preocupação sobre a conjuntura atual - 88% declaram estar preocupados ou muito preocupados - , as pessoas têm tentado encontrar pontos positivos, como o crescimento da convivência familiar 76% sentem que se aproximaram dos filhos; 81% estão em busca de um estilo de vida mais saudável; e 96% querem manter hábitos de higiene mais rigorosos, mesmo com o fim da pandemia.

Em relação ao consumo, 37% disseram estar comprando mais online. A pesquisa também revelou uma mudança na maneira como os brasileiros percebem as marcas: 65% declaram ter passado a consumir produtos de anunciantes que se posicionaram positivamente durante a pandemia.

Confira os dados, aqui.

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