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Que ano, Facebook!

Caso Cambridge Analytica: só a ponta do iceberg

20.12.18

Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, fez um post de resoluções de ano novo no dia 4 de janeiro. Prometia que em 2018 iria dar atenção aos problemas que surgiram em 2017. Isso incluía a onda de fake news que veio da Rússia e teve impacto sobre a eleição presidencial de 2016. E também a expansão do discurso de ódio na plataforma.

Mas ele não contava que 2018 seria um ano muito difícil para o Facebook, com sua imagem sendo arranhada. A polêmica do caso Cambridge Analytica seria só a ponta do iceberg, como salientou o Ad Age, que coletou alguns fatos que atingiram a reputação da rede social. Zuckerberg teve de se explicar muitas vezes, incluindo diante de autoridades americanas e europeias.

E, pelo visto, o CEO da rede social mais popular do mundo ainda irá ter de dar mais explicações em 2019. Na terça-feira, 18, o jornal The New York Times mostrou documentos que detalham como a plataforma fez acordos especiais com empresas de tecnologia, como Microsoft, Amazon e Netflix, para fornecer dados de usuários, sem o consentimento dessas pessoas. Recentemente, um grupo de acionistas – que representam quase US$ 3 bilhões em ações – se mobilizou reivindicando uma série de medidas, entre elas a renúncia de Zuckerberg como presidente.  

Confira alguns fatos selecionados pelo Ad Age e leia o conteúdo na íntegra aqui:

- 17 de março – O Facebook é acusado de permitir que a Cambridge Analytica aproveite informações de dezenas de milhões de usuários. O caso vira um holofote sobre como a rede oferece acesso a informações sobre seus usuários; a Comissão Federal de Comércio dos EUA abriu uma investigação.

- 4 de abril – As políticas de privacidade e dados do Facebook são atualizadas. As mudanças antecipam o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados, o GDPR, da União Europeia. Dias antes de a legislação entrar em vigor, o Facebook anunciou o fim dos serviços de dados de terceiros na plataforma.

- 10 de abril – Zuckerberg responde a perguntas do Congresso americano por dois dias.

- 30 de abril Jam Koum, cofundador do WhatsApp, anuncia que está deixando a empresa, quatro anos depois de o serviço ter sido comprado pelo Facebook por US$ 19 bilhões.

- 7 de junho – A rede descobre que um bug, em maio, mudou as configurações de privacidade de 14 milhões de pessoas no Facebook.

- 25 de julho – Os resultados do segundo trimestre revelam que o número de usuários da rede na Europa caiu três milhões, com a base passando a ser composta de 279 milhões de europeus.

- 28 de setembro – É revelada a maior violação de segurança do Facebook, que pode ter exposto informações pessoais de 50 milhões de contas, número que posteriormente seria revisado para 30 milhões.

- 14 de dezembro – O Facebook revela outro bug, que pode ter afetado 6,8 milhões de pessoas. Neste caso, o problema expôs fotos de usuários que nunca foram postadas de modo público. As imagens puderam ser acessadas por aplicativos.

Que ano, Facebook!

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