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Recapitulando abril

O que rolou: Washington e Fabio, live no Fortnite, Samsung, Earth Day...

04.05.20

O mundo passou pelo segundo mês de quarentena para evitar o avanço maior da covid-19. Separamos alguns fatos, acontecimentos, encontros que aconteceram em abril e que podem alimentar debates, gerar insights ou ajudar a inspirar nestes dias de isolamento social. Desde janeiro, o Clubeonline vem reunindo histórias e experiências não necessariamente vinculadas a marcas que valem ser conhecidas ou revistas.

Veja a lista dos destaques de março, fevereiro e janeiro.

- Um encontro de ícones da publicidade brasileira aconteceu no último dia de abril: Fabio Fernandes conversou com Washington Olivetto, em Londres, em uma live da revista online Os Impostores (com crônicas, opiniões e análises de Fabio Fernandes, Fernando Canhadas, Helinho Saboya, Hermes Zambini, Marcio Alemão, Mentor Neto e Nelson Porto). O bate-papo de 01h52 de duração teve comentários sobre a quarentena na Inglaterra e no Brasil e sobre como estamos enfrentando o confinamento (“passamos a ter semana de três dias: ontem, hoje e amanhã”, diz Washington), passando por mudanças no padrão de consumo no pós-pandemia. Fabio perguntou também sobre transformações do mercado de comunicação e sobre a possibilidade de um novo movimento da publicidade. Para Washington, a indústria vive dificuldades imensas no mundo, mas no Brasil a situação é dramática. Ele observa que muitos acreditaram que a capacidade de mensurar resultados era mais importante do que a capacidade de criar para gerar resultados. “As crises do negócio da publicidade atingiram o país fortemente. O momento que mais dramaticamente materializa isso é a sua saída da F/Nazca. Um lugar prescindir de um talento como o seu demonstra que há algo errado. Não sei se o que eu, você e Marcello Serpa temos a vender são coisas que as pessoas querem comprar hoje”, comenta Washington. Sobre agências, ele alertou que é praticamente impossível a sobrevivência daquelas que não pertencerem a grandes grupos ou que não forem “brilhantemente individuais”. Como na quarentena os clientes têm trabalhado só com o primeiro time das agências, Washington acredita que, quando a pandemia passar, elas irão encolher muito, tanto no número de pessoas quanto de espaço físico. Nesse cenário, dois profissionais vão se destacar, o criativo e o financeiro. Segundo Fabio, o momento poderá servir para o mercado brasileiro repensar a maneira como se remunera a publicidade. Ele acrescenta que, hoje, ser gigante é o pior negócio para se recuperar dentro de um ambiente hostil, em que há quebra de rentabilidade – e isso independentemente de o cliente cobrar por talento ou não. Tanto Fabio quanto Washington afirmam que acabou o negócio das grandes networks que têm mais prejuízos para acumular ao redor do mundo. “O que vejo é que as agências grandes, nesse mar, não têm nenhuma condição de superarem os próximos 3, 5 anos. Bateu uma onda que esses transatlânticos não imaginavam que iria acontecer. Os grandes grupos estão a preço de banana, mas não vejo ninguém querendo comprar essa banana”, avalia Fabio. Ambos acreditam que haverá espaço para agências menores, focadas em talento, como as do passado, como as “DPZs e BBHs” originais.

- Na temporada de lives que se estabeleceu no mundo em virtude da covid-19, merece destaque o show “Astronomical”, que o rapper Travis Scott fez no Fortnite. Ou, na verdade, shows. O músico e produtor fez cinco apresentações no jogo durante três dias. O game calcula um público de 12,3 milhões de jogadores para as lives de Travis, que surgiu em uma versão virtual. No ano passado, o DJ Marshmello havia reunido 10,7 milhões de jogadores na plataforma. O público já vinha sendo preparado para a performance, foram criados trailers, avisos e era possível ver a montagem do espaço onde se apresentaria Travis. Pouco antes da live, um objeto em forma de planeta começou a distribuir alertas na tela. Travis depois surgiu como uma figura gigante que alterava seu visual durante o show. Trajes, gestos e objetos relacionados à performance foram disponibilizados para os jogadores. Em seu perfil no Twitter, o rapper escreveu que “foi um dos dias mais inspiradores” que já viveu. “Astronomical” também foi exibido no Twitch e no YouTube. No perfil do rapper, até esta segunda-feira, 4, um dos vídeos da apresentação (veja abaixo) somava mais de 20 milhões de views.

- Gatos são alucinados por caixas. Pensando nisso, a Samsung TV resolveu agradar os consumidores que têm bichanos em casa. Nos EUA, as embalagens de três modelos de TV são eco-friendly e ainda estão prontas para se transformarem em casas para gatos. E também podem virar revisteiros. Mas o apelo dos fãs de gatos atraiu atenção. As caixas de papelão têm marcas para que o comprador faça cortes e dobras para encaixar as peças que formarão a casinha. Contam também com um manual de instruções. No Twitter, o perfil da divisão de TVs brinca com as possibilidades e chama atenção para um concurso criado com a Deezen: “Consegue pensar fora da caixa (de papelão)?”. Dezeen x Samsung Out of the Box Competition desafia maiores de 18 anos de qualquer lugar do mundo a projetar objetos inovadores para o lar, feitos com a reaproveitamento de embalagens de papelão. O total de prêmios chega a US$ 20 mil e as inscrições se encerram no dia 29 de maio – mais detalhes podem ser conferidos aqui. Em 2018, a Ford lançou um projeto para casinha de cachorro, mas com uma proposta bem diferente. Com “Interventions”, que explorava tecnologias dos carros da montadora em objetos do cotidiano, surgiu a casinha com painéis que amorteciam certos sons, como o de fogos de artifício. O projeto, chamado The Noise-Cancelling Kennel, foi um experimento criado pela GTB Londres (relembre aqui).

- Em 22 abril se celebra o Dia da Terra (Earth Day em inglês), uma data que foi estabelecida 50 anos atrás. Para marcar o aniversário, diversas atividades foram programadas. Houve um live stream de 12 horas com participação de artistas, lideranças políticas – como Al Gore –, ativistas e músicos, entre eles Ziggy Marley, Jason Mraz (veja vídeo abaix0) e Jack Johnson. Um dos participantes da ação foi o papa Francisco, que fez um chamamento em nome da preservação do planeta (confira aqui). Uma campanha de arte urbana também foi deflagrada pela Global Halt, que conectou grafiteiros, muralistas e artistas plásticos para comemorar os 50 anos do Dia da Terra. Apesar do novo coronavírus, que tirou as pessoas das ruas, o movimento manteve a proposta de chamar atenção do mundo para mudanças que visem garantir um futuro mais brilhante para o planeta. Os trabalhos podem ser conferidos aqui.

Recapitulando abril

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