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Repensando as cidades

Um novo design urbano contra pandemias

27.03.20

Quem diria que lavar as mãos poderia ser algo... tão complexo? E quem dos mortais comuns estava prestando atenção a Bill Gates e sua palestra sobre o risco de uma pandemia para a qual não estaríamos preparados, recado dado no TED Vancouver de 2015 que viralizou recentemente, já sob a era do novo coronavírus?

(Se alguém não viu, a palestra se chama “O próximo surto? Não estamos preparados” e está aqui. O vídeo tem mais de 18 milhões de views.)

Neste momento, em que o mundo se desdobra para conter o avanço da doença e em que recebemos por todos os meios informações sobre como evitar o contágio, alguns especialistas discutem formas de as cidades enfrentarem pandemias. É o que mostra uma extensa reportagem da Fast Company, que indica que edifícios devem ser a arma do futuro para combatermos doenças infecciosas.

Existem empresas de design que trabalham com conceitos como “áreas de saúde”, desenvolvendo projetos que viabilizam medidas para melhorar a saúde das pessoas, como ampliar espaços para caminhadas. Para conter a propagação de uma doença contagiosa, como a covid-19, uma das soluções é exatamente repensar edifícios e áreas que reduzam aglomerações ou que rapidamente se transformem para outros usos, o que valeria também para tragédias.

Um dos espaços urbanos que ganha atenção é o aeroporto, que serve de porta de entrada para vírus “estrangeiros”. Evitar a formação de filas lotadas, com o redesenho dos ambientes ou com a adoção de novas estratégias para triagens ou embarques, é um dos planos. Cuidar melhor da qualidade do ar e da ventilação é outro.

Projetos para hospitais, estádios e parques entram na mira dos especialistas em design urbano. Mas abordagens mais simples também fazem diferença. Em Kigali (Ruanda), foram montadas recentemente instalações temporárias de lavagem de mãos em pontos de ônibus para que os passageiros usem antes de subir no veículo. E pias portáteis foram colocadas em lojas, bancos e restaurantes. Em vez de temporárias, tais instalações poderiam se tornar parte da infraestrutura da cidade em locais públicos.

Repensar a cidade para enfrentar problemas relacionados a mudanças climáticas é algo que vem ganhando mais adesão. Junto a esse objetivo, pode-se dar atenção ao design urbano com o fim de preparar melhor o espaço público para rápidas adaptações durante um surto.

Leia aqui a reportagem da Fast Company.

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