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Racismo virtual, consequências reais

Comentários preconceituosos estampados em outdoors

10.11.15

Com o objetivo de mostrar à sociedade que posts racistas na internet são, sim, reais, a ONG Criola, que atua na defesa e promoção de direitos das mulheres negras, lança a campanha “Racismo virtual. As consequências são reais.

A comunicação foi motivada, a princípio, pelo caso da jornalista Maria Júlia Coutinho (Maju), que sofreu ataques racistas na página do Jornal Nacional, no Facebook. A Criola, em parceria com a W3haus, realizou então um trabalho de mapeamento dos comentários na rede social, localizando as cidades onde os autores das ofensas moram.

O passo seguinte foi transformar essas injúrias em outdoors e cartazes, instalados nas ruas e avenidas das cidades mapeadas, sempre em locais próximo ao endereço de quem publicou a injúria.

Já receberam peças da campanha as cidades de Americana (SP), Feira de Santana (BA), Recife (PE) e Vila Velha (ES).

Agora, a iniciativa continua com outdoors no Rio de Janeiro (RS) e em bancas de revista em Porto Alegre (RS).

Todas as peças foram expostas em debate realizado nesta segunda-feira (09), no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas (RJ), que reuniu membros da ONG Criola e profissionais especializados na questão do racismo.

Além deste evento, a entidade participará da "Primeira Marcha de Mulheres Negras em Brasília", no próximo dia 18, que terá como tema: “Contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver”. As duas iniciativas fazem parte de ações para o Dia Nacional da Consciência Negra, a ser comemorado no próximo dia 20.

A ONG também lança o site Racismo Virtual, com a finalidade de fazer a sociedade brasileira refletir sobre o racismo e pensar em por que ele ainda existe.

Racismo virtual, consequências reais

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